Política

Ministro da Justiça deveria receber adicional de insalubridade, diz Dino

Titular da pasta afirmou que a Esplanada dos Ministérios é como uma UTI, com as crises indo diretamente até ele

Por 7Segundos com CNN Brasil 22/11/2023 18h06
Ministro da Justiça deveria receber adicional de insalubridade, diz Dino
Flávio Dino disse que as crises demandam o esforço permanente do enfreamento das emergências - Foto: Reprodução/CNN

O ministro da Justiça e da Segurança Pública deveria receber algum tipo de adicional, se não de periculosidade, de insalubridade, disse o atual titular da pasta, Flávio Dino.

A declaração foi feita nesta quarta-feira (22) durante o Fórum Confederação Nacional do Transporte (CNT) de Debates.

Segundo o ministro, é como se existisse uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Esplanada dos Ministérios.

“Eu não preciso ir até as crises, elas vêm até mim, porque elas desfilam na Esplanada e a porta que elas acham para entrar é o Ministério da Justiça. Elas entram lá e se instalam. E claro que isso demanda o esforço permanente de enfreamento das emergências”, explicou.

Dino deve ir à Câmara em dezembro

Depois de sucessivas ausências para prestar esclarecimentos, Dino deve participar de audiência na Câmara dos Deputados no dia 12 de dezembro.

A informação foi confirmada à CNN por fontes a par das negociações entre o ministro e o presidente o presidente da Casa, o deputado Arthur Lira (PP-AL).

Por três vezes, Dino faltou às convocações da Comissão de Segurança Pública alegando risco à integridade física e moral.

Por conta disso, segundo apurou a CNN, ficou acertado informalmente que a participação vai ocorrer em Comissão-Geral — aberta a todos os parlamentares.

Em abril, Dino esteve na Câmara. A reunião precisou ser suspensa por conta da desordem generalizada e das brigas entre os parlamentares.

Desta vez, o ministro foi chamado para explicar o motivo de secretários do Ministério da Justiça terem recebido Luciane Barbosa Farias, a “dama do tráfico”. Na semana passada, veio a público que autoridades da pasta receberam, em Brasília, Luciane, que é casada com um líder de facção criminosa.

O governo nega que os encontros tenham ocorrido por essa razão, e sim porque ela integrou um grupo de familiares de presos.