Saúde

Usar saliva como lubrificante pode transmitir ISTs, afirma sexóloga

Especialista explica em vídeo algum dos riscos em usar a saliva como lubrificante durante o sexo e qual o produto ideal para usar

Por Metrópoles/Pouca Vergonha 29/11/2023 10h10 - Atualizado em 29/11/2023 10h10
Usar saliva como lubrificante pode transmitir ISTs, afirma sexóloga
Casal em momento íntimo - Foto: Freepik

Apesar de ser uma opção relativamente comum, usar saliva no lugar do lubrificante durante o sexo não é uma boa ideia. Em um vídeo publicado no TikTok, a sexóloga Danae Maragouthakis, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirma que a saliva aumenta o risco de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e pode causar assaduras.

“Embora a saliva esteja sempre disponível, ela não deve ser usada no lugar do lubrificante. O líquido que fica dentro da boca é rico em bactérias e enzimas que, além de decompor os alimentos, podem causar irritações na pele”, afirma Danae.

Segundo ela, as enzimas da boca podem, por exemplo, desequilibrar a acidez da vagina e causar problemas no microbioma vaginal, conjunto de bactérias que combate infecções no órgão. Usar a saliva como lubrificante aumenta o risco de desenvolver problemas como candidíase e vaginose bacteriana.

“A vulva é sensível à saliva, o que causa os sintomas da assadura, coceira e queimação. Os homens também não estão imunes. Na verdade, o líquido é ineficaz quando usado como lubrificante, uma vez que evapora e seca rapidamente”, explica a sexóloga.

Usar a saliva como lubrificante pode ainda contribuir para o desenvolvimento da gonorreia, IST quase sempre transmitida por contato sexual vaginal, oral ou anal. Há também um risco maior de herpes genital causada pelo vírus Epstein-Barr, transmitido através do contato da saliva com alguma área de mucosa.

“O ideal é procurar lubrificantes próprios para o sexo e evitar os produtos com muitos aditivos”, sugere Danae.

Além da saliva


Assim como não é seguro usar saliva como lubrificante, também não é aconselhável usar creme corporal, óleo de coco, vaselina e manteiga.