Alagoas

AL: Casos de hanseníase aumentaram 32% de janeiro a novembro de 2023

Mês de janeiro é dedicado à campanha de combate à doença

Por 7Segundos 11/01/2024 09h09 - Atualizado em 11/01/2024 15h03
AL: Casos de hanseníase aumentaram 32% de janeiro a novembro de 2023
Hanseníase - Foto: SMS de Mesquita/RJ

Entre janeiro e novembro de 2023, Alagoas diagnosticou ao menos 349 novos casos de hanseníase. Mesmo que preliminar, o resultado já é 32% superior ao total de notificações registradas no mesmo período de 2022.

Segundo as informações do Painel de Monitoramento de Indicadores da Hanseníase, do Ministério da Saúde, a cidade de Maravilha segue liderando o ranking das cidades com aumento de 1.500%. A lista segue com Palmeira dos Índios, Atalaia, Capela e Pão e Açúcar.

Janeiro Roxo

Considerada uma das mais antigas doenças a afligir o ser humano, a hanseníase é uma doença infecciosa e contagiosa que atinge a pele, mucosas e o sistema nervoso periférico, ou seja, nervos e gânglios. Embora tenha cura, pode causar lesões e danos neurais irreversíveis se não for diagnosticada a tempo e tratada de forma adequada.

Entre os sinais e sintomas mais frequentes estão o aparecimento de manchas, que podem ser brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade e o comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.

Também podem ser indícios da doença o surgimento de áreas com diminuição dos pelos e do suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés, bem como a ocorrência de caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.

A maioria das pessoas expostas à bactéria Mycobacterium leprae não desenvolve a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, a hanseníase é identificada por meio de exame físico geral, dermatológico e neurológico. Realizado com o uso de medicamentos antimicrobianos, o tratamento é feito gratuitamente, no Sistema Único de Saúde (SUS), não exigindo internação. A duração do tratamento varia conforme a forma clínica da doença