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Apreensão de cédulas falsas em Alagoas aumenta mais de 65% em um ano

O levantamento detalha que as cédulas mais alvo de falsificação em Alagoas foram as de R$ 50, totalizando

Por 7Segundos 15/01/2024 07h07
Apreensão de cédulas falsas em Alagoas aumenta mais de 65% em um ano
Apreensão de cédulas falsas aumenta mais de 65% em Alagoas - Foto: Ilustração

O estado de Alagoas enfrenta uma preocupante ascensão no número de cédulas falsificadas, de acordo com um levantamento divulgado pelo Banco Central. Os dados apontam um aumento significativo de 65,2% em 2023, em comparação com o ano anterior, revelando uma crescente ameaça à integridade do sistema financeiro local.

No decorrer do ano passado, foram retiradas de circulação 3.069 notas falsificadas em Alagoas, um salto expressivo em relação às 1.857 apreendidas em 2022. Esse cenário coloca o estado como o segundo com maior incidência de cédulas ilegais no Nordeste, ficando atrás apenas de Pernambuco, que registrou 6.207 notas adulteradas. O Piauí, por outro lado, apresentou o menor número de ocorrências na região, com 890 casos.

O levantamento detalha que as cédulas mais alvo de falsificação em Alagoas foram as de R$ 50, totalizando 1.232 registros. Em seguida, destacam-se as notas de R$ 100 (988 casos), R$ 200 (581) e R$ 10 (147). Surpreendentemente, as cédulas de R$ 2 foram as menos adulteradas, seguidas pelas de R$ 10 (4 casos) e R$ 5 (6).

A situação contrasta com a média nacional, que apresentou uma queda de 28,5% no número de cédulas falsificadas em 2023, totalizando 250.159 unidades em comparação com as 350.319 registradas em 2022. São Paulo, apesar de liderar o ranking nacional, contribuiu para essa diminuição, com uma queda de 27,6% nos casos. O Amapá, por sua vez, registrou o menor número de notas falsificadas, totalizando 56.

A falsificação de cédulas é classificada como crime pelo artigo 289 do Código Penal, com pena prevista de 3 a 12 anos de prisão. O Banco Central destaca que mesmo quem recebeu uma cédula falsa de boa fé pode ser condenado a uma pena de 6 meses a 2 anos de detenção, caso tente colocá-la em circulação.

Diante deste cenário, o Banco Central recomenda que qualquer cidadão que suspeite de uma cédula recebida dirija-se imediatamente ao gerente da agência bancária para solicitar providências de pronta substituição. Caso não haja uma solução satisfatória, a orientação é procurar uma delegacia policial para registrar a ocorrência.

O consumidor comum também é aconselhado a recusar notas suspeitas em transações cotidianas, buscando uma agência bancária para encaminhamento da nota ao Banco Central para análise de autenticidade. A colaboração da população é fundamental para combater esse problema crescente e preservar a integridade do sistema financeiro alagoano.