Polícia

Uneal homenageia policial militar Eudson Moura, assassinado por colega de farda em Arapiraca

A instituição cobrou da PM/AL providências para impedir a presença de policiais violentos ou emocionalmente instáveis na corporação

Por Erick Balbino/7Segundos 06/04/2024 08h08 - Atualizado em 06/04/2024 09h09
Uneal homenageia policial militar Eudson Moura, assassinado por colega de farda em Arapiraca
Policial Militar Eudson Moura - Foto: Reprodução

A comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Alagoas (Uneal) encontra-se em luto após a notícia do brutal assassinato do ex-aluno e policial militar Eudson Felipe. O crime foi registrado em Arapiraca na tarde desta sexta-feira (5) e resultou na perda de um indivíduo qualificado como exemplar, cujo caráter e dedicação foram lembrados com emoção durante a homenagem prestada pela Uneal.

Em nota, a Uneal cobrou da polícia providências necessárias para impedir que profissionais violentos ou emocionalmente instáveis se mantenham nos quadros da Polícia.

Confira a nota na íntegra:

"É com extremo pesar que lamentamos profundamente a morte violenta do nosso querido aluno egresso, Eudson Felipe, que foi brutal e covardemente assassinado na tarde de hoje (05/04/2024), em Arapiraca. Eudson Felipe era um aluno super inteligente, atencioso e apaziguador, que sempre tratou a todos da UNEAL com muito respeito e carinho. 

Esperamos que a Polícia Militar de Alagoas adote as providências necessárias para impedir que profissionais violentos ou emocionalmente instáveis se mantenham nos quadros na Polícia, colocando toda a sociedade em risco.

Eudson Felipe era um ótimo aluno, filho, amigo e policial, era um cidadão exemplar. Toda a sociedade Arapiraquense perde com a sua morte".

Sobre o caso:

Um cabo da Polícia Militar matou um colega de farda, feriu gravemente a ex-companheira e atirou em si próprio, no final da tarde desta sexta-feira (05), em uma residência no bairro Verdes Campos, em Arapiraca.

Conforme as primeiras informações apuradas no local, o cabo PM Moisés teria ido até a casa da ex-namorada com a intenção de matá-la.

De acordo com comentários no local do crime, o policial militar estaria revoltado porque corria o risco de perder o porte de arma. A ex-namorada havia apresentado denúncia contra ele com base na Lei Maria da Penha e encaminhado pedido de medida protetiva. Caso o juiz acatasse o pedido, além de manter distância da mulher, ele poderia sofrer consequências em seu trabalho na PM. Essas informações não foram confirmadas pela polícia no local do crime.

Por volta das 15h50, cabo Moisés ele chegou à paisana na rua onde a ex-companheira mora e estacionou o carro há alguns metros de distância da casa dela. Neste momento, um amigo dele, o soldado PM Eudson Moura, que já estava esperando por ele em outro carro, se aproxima para tentar convencê-lo de não cometer o crime.

Eles têm uma breve discussão e o cabo efetua um disparo de arma de fogo, que atinge o Eudson no abdome. Depois que a vítima cai, cabo Moisés atira mais vezes na vítima.

O soldado Eudson Moura morreu antes da chegada do socorro ao local. Ele era filho do policial militar Wilson Moura, que morreu durante um treinamento anos atrás.

Após matar o colega de farda, cabo Moisés vai até a casa da ex-esposa, dá chutes na porta e entra. Lá dentro ele teria efetuado disparos contra a mulher e, após achar que ela estava morta, atirou contra si mesmo.

A mulher, que teria sido atingida com um disparo de arma de fogo na região da cabeça, foi socorrida com vida para o Hospital de Emergência do Agreste. Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde dela. Os corpos do soldado e do cabo PM permanecem no local. Os peritos da Polícia Científica chegaram há pouco e iniciaram os procedimentos técnicos dentro da residência. Após a perícia no corpo do soldado que está na calçada, os corpos serão removidos para o Instituto Médico Legal de Arapiraca.



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