Blog do Roberto Ventura

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As 'pragas' de uma administração

06/12/2021 10h10 - Atualizado em 06/12/2021 12h12
As 'pragas' de uma administração

Existem vários fatores que podem causar o fracasso de uma administração ou mesmo o insucesso de uma carreira política. Mas a falta de credibilidade, de competência, de visão política, de poder de mando, certamente estão entre os principais motivos, tudo isso aliado, é claro, as mazelas que fazem parte da administração. 

Existe uma prática comum por parte da grande maioria da classe da política: o apoio a determinadas pessoas que não possuem competência, não tem credibilidade, sem procedência, sem conceito e que sempre estão ao lado daqueles que exercem mandato, com o objetivo de usufruir das benesses do poder para si e para seus familiares. Entra gestão, sai gestão e lá estão eles, não importa quem seja o prefeito, governador, presidente etc, o importante para essa gente é participar do governo na intenção de praticar falcatruas e se beneficiarem.

Os assessores picaretas são bons de conversa, tem um grande poder de convencimento, pensamento e raciocínio rápidos, tudo isso aliado a falta de vergonha e caráter do político; eles – picaretas e políticos – se completam, unem-se para praticar o mal e com a única intenção de roubar os cofres públicos, a consciência e a boa-fé das pessoas.

Outro tipo de gente nocivo numa administração é o famigerado bobo da corte, um imbecil nato. Cai sem ter escorregado, rir sem ter vontade. Já o baba ovo, vive para assegurar o emprego, é um verdadeiro leva e traz; ele cria, menti, falseia, rir e bate palmas a todo instante, de tudo sabe e para tudo tem uma solução, essa espécie de verme dá a própria vida para agradar ao chefe.

Temos também os amigos do poder. Esses são perigosos porque estão em todos os locais, não possuem caráter, não têm amigos, não respeitam aos familiares, estão sempre com quem está no poder, ficam com quem ganha a eleição, quem tem o poder de mando.

Outro tipo perigoso: o ‘assessor catenga’ que a todo o momento balança a cabeça e concorda com tudo o que o chefe fala e faz, para eles, o chefe sempre está com a razão.

Outra praga são as pessoas sem nenhuma reputação, antissociais, pessoas detestadas e que não são bem-vindas na sociedade em que vive.

O materialista é um tipo de picareta que só pensa em vantagens pessoais, quantos litros de combustíveis por semana terá direito, quantos carros poderá agregar, é o famoso topa tudo por dinheiro, ‘vende a própria alma’ para se beneficiar do poder, mas, se o chefe em algum momento falhar, ele mete o cacete e rompe no primeiro momento, não tem ideologia político-partidária, nem tem amigos.

Existe também o ‘bucha’, esse faz todos os desejos e caprichos do político, não mede esforço para enfrentar qualquer coisa ou situação, pois seu objetivo é atender ao mandado do poderoso chefão: o político.

E, por último, um tipo de praga mais recente são os famigerados forasteiros. São verdadeiros parasitas, sanguessugas e imprestáveis que veem de outras localidades para se beneficiar das benesses do poder junto com seus familiares e amigos, passam a humilhar e maltratar os nativos e, ao menor sinal de perca de mandato do chefe, esses vermes ‘somem do mapa’.

Todos esses tipos de vermes têm e contam com o apoio de políticos picaretas, mal-intencionados, corruptos, que são iguais ou piores tanto quanto essas pragas citadas acima que, em sua maioria deixam de lado e menosprezam os homens de bem para abraçar e dar apoio a esse tipo de gente.

Portanto, em todas minhas pesquisas científicas não descobri ainda uma solução - se é que existe - para acabar de vez com esse mal que assola quase que toda a classe política. O porquê de grande parte dos políticos prestigiarem essas pessoas que só trazem prejuízo para uma administração.

Sobre o blog

Roberto Ventura: Bel. em   Ciências Sociais ( Cientista Político),   Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional

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