Já falei por reiteradas vezes aqui nesse mesmo espaço e em entrevistas às emissoras de rádio, que o prefeito Areski Freitas é inteligente, habilidoso, estrategista; isso é fato. Para comprovar, basta olhar sua trajetória política; os fatos falam por si só.

Porém, o que tem contribuído decisivamente para essa trajetória de sucesso é o fato de Kil ter como seus maiores ‘aliados’, aqueles que lhes fazem oposição. Isso seria cômico se não fosse trágico. Explico: Instalou-se em União uma oposição medíocre, inoperante, incapaz, arrogante, prepotente e, acima de tudo, desunida e sem faro político.

Seis meses antes das eleições municipais de 2020, falei que a falta de estratégia aliada a ambição, ao egoísmo e a prepotência dos então candidatos à sucessão de Kil Freitas, levaria a divisão das oposições e, com isso, o ´-prefeito seria reeleito com certa facilidade, como de fato ocorreu.

Mesmo faltando dois anos e cinco meses para as eleições municipais, pelo andar da carruagem a coisa caminha a passos largos para que o fato se repita em 2024 o que ocorreu em 2020 e, assim, Kil eleja seu sucessor. Dificilmente os futuros pretendentes à sucessão palmarina estarão juntos em prol de um nome capaz de derrotar o candidato apoiado pelo gestor municipal.

Numa jogada mal ensaiada, Sebastião de Jesus - provavelmente orientado e influenciado por pseudos estrategistas políticos e até mesmo por políticos ultrapassados - abdicou de sua candidatura à Assembleia Legislativa para apoiar a deputada Fátima Canuto e o ex-prefeito de São José da Lage, Rodrigo Valença, pré-candidatos a deputado estadual e a federal respectivamente. Perdeu uma grande oportunidade de mostrar que permanece vivo politicamente para 2024 e que, aquela votação, não teria sido por acaso.

O ex-prefeito Eduardo Pedrosa também vai de Fátima e Rodrigo. Bruno Lopes - que foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Sebastião -, é pré-candidato a deputado federal e apoia Marcelo Vitor para estadual. Zé Alfredo é pré-candidato a deputado estadual e para federal apoia Nivaldo Albuquerque. Elton Costa - o Caju - apoia Francisco Sales para estadual, mas ainda não teria fechado apoio para federal. Manoel Gomes de Barros e Nelito Gomes apoiam João Caldas para federal e João Antônio Caldas para estadual.

Esses que desejam a todo custo derrotar o futuro candidato de Kil Freitas, provavelmente terão dificuldades para fazerem alianças, haja vista que, cada um resolveu trilhar por caminhos opostos nas eleições de outubro próximo e, com isso, terão problemas em uma composição para o pleito de 2024, assim sendo, a formação de uma chapa competitiva para enfrentar o candidato governista fica cada vez mais distante.

Provavelmente, teremos, mais uma vez, uma pulverização de candidatos, o que prejudica por demais os interesses da oposição e, consequentemente, beneficiará o prefeito Areski e seu candidato à prefeitura palmarina.

Aqui, abro um parêntese para tecer um comentário sobre Sebastião de Jesus. Homem íntegro, decente, gerador de emprego e renda, um visionário do mundo empresarial, porém, isso não é o suficiente para se ter sucesso na seara política. Falta ao vitorioso empresário atitude, poder de decisão, habilidade, jogo de cintura, malandragem, conhecimento político, saber ouvir as pessoas certas nos assuntos referentes a política para, na hora de decidir, errar o mínimo possível, formar uma equipe competente com profissionais qualificados em suas áreas de atuação é estritamente necessário.

É preciso que os oposicionistas entendam de uma vez por todas que na política o que prevalece é o entendimento, as alianças, em algumas ocasiões ouvir os mais experientes, isso, tanto para quem estar no governo e, sobretudo, quando se estar na oposição.

Ou os oposicionistas palmarinos mudam de postura, - o que é pouco provável - ou Kil Freitas reinará absoluto por muitos anos na terra de Zumbi dos Palmares.