Blog do Roberto Ventura

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Caras pretas, ou incompetência política?

05/10/2022 10h10 - Atualizado em 06/10/2022 07h07
Caras pretas, ou incompetência política?

Nas eleições municipais de 2018, encontrei-me com um velho amigo nas proximidades do Colégio Judith Nascimento, o qual me fez a seguinte pergunta: Existe as caras pretas? Respondi-lhe da seguinte maneira: é claro que sim, mas também existem os falsos profetas e os amigos do poder.

Querer justificar a incompetência, ignorância e fracasso político taxando pessoas de caras pretas, já está ultrapassado; isso é coisa do passado. É fato que existe uma turminha bastante conhecida na cidade que sempre adotam em período eleitoral, a mesma prática vergonhosa, aventureira e traiçoeira. Jarbinhas, Vânia Omena e Luiz Emilio que o digam, porque eles já provaram desse veneno que hoje tem como vítima o prefeito Marcos Silva.

Também é fato que as pessoas têm que reconhecer e assumir suas incompetências na condução do processo político-eleitoral. A política é uma arte e, como tal, não poderá ser conduzida por qualquer pessoa. Em política, errou, as urnas punem.

Política não é para amadores, nem tampouco para analfabetos políticos que se autodenominam politicólogos que se acham no direito de coordenar ou mesmo comandar uma campanha. Para ter sucesso e conquistar a vitória, é preciso colocar cada um em seu devido lugar e cortar na própria carne se preciso for.

Já falei por reiteradas vezes que, os assessores representam a imagem do candidato, do político, daquele que detém o mandato, é a porta de entrada de uma administração. Uma assessoria competente faz a diferença, é por demais importante para o sucesso daqueles que almejam permanecer ou conquistar o poder. Delegar poderes a analfabetos políticos, a consequência é a derrota nas urnas.

Em política, assim como em outras áreas, o improviso é fatal. O motorista tem que apenas dirigir, o mecânico cuidar da manutenção dos carros, o engenheiro cuidar das obras, o médico dos pacientes, o contador da contabilidade, a merendeira da merenda, e assim por diante, ou seja, cada profissional em sua área de atuação, não adianta improvisar, senão, o resultado sempre será catastrófico.

Não precisamos ir muito longe para comprovar essa minha tese. Temos vários exemplos aqui mesmo em Messias. O mais recente foi o do ex-prefeito Jarbas Omena. Jarbinhas fez uma administração impecável e reconhecida em toda Alagoas, mas, por delegar poderes para conduzir o processo político a pessoas despreparadas e leigas no assunto, seu candidato, Adelmo Júnior, perdeu as eleições para o atual prefeito Marcos Silva.

Não se admite e não é nada inteligente querer tapar o sol com a peneira. Pessoas do alto escalão do governo municipal, travestidos de cientistas políticos, politicólogos e marqueteiros políticos que não têm a mínima noção e capacidade para coordenar uma campanha política. Querer atribuir o resultado das urnas a terceiros é, no mínimo, insano e irresponsável.

É preciso que esses que se autodenominam assessores políticos, tenham a dignidade para assumir seus próprios erros e dizer: ‘nós somos incompetentes’. Portanto, as pessoas têm que assumir o mal desempenho nas urnas e não querer isentar-se do fracasso e colocar a culpa em ‘bodes expiatórios’ ou mesmo criar factoides. Esses problemas sempre acontecem em todas as administrações, principalmente, no período eleitoral.

Sobre o blog

Roberto Ventura: Bel. em   Ciências Sociais ( Cientista Político),   Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional

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