Blog do Roberto Ventura

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A fase de experiência não poderá ultrapassar aos primeiros dez meses de uma administração

02/12/2022 11h11 - Atualizado em 02/12/2022 12h12
A fase de experiência não poderá ultrapassar aos primeiros dez meses de uma administração

Ao planejar sua candidatura, o político tem que ter em mente quem irá compor sua equipe de governo, seus possíveis secretários e assessores especiais, os principais nomes do primeiro escalão de sua administração.

Quem se encaixa melhor no perfil que o futuro prefeito irá adotar como modelo de administração. Essa escolha, deverá ser não apenas de forma meritocrática, mas também política. 

Cada profissional deve exercer a função para a qual ele está capacitado, habilitado. Não adianta improvisar, porque o improviso põe em risco o sucesso de uma administração, ele tem sido uma arma letal a todo e qualquer governo, ele tem ocasionado prejuízos não só a esses, mas também, sérios danos à sociedade. Nomear ou contratar pessoas que não possuem capacidade, habilidades profissionais e políticas para exercer determinadas funções, é colocar em risco não só o bom andamento e o sucesso de uma administração, mas, sobretudo, o da própria população, porque, o improviso causa um grande desserviço à comunidade.

Após a vitória do então candidato Beto Baia contra Manoel Gomes de Barros, em União dos Palmares, no ano de 2012, fui convidado pelo radialista Hermes Marques, da Rádio Farol, para fazer uma análise sobre o que os palmarinos poderiam esperar do governo de Baia e, principalmente, quais os critérios que ele deveria adotar na escolha de seu secretariado.

Afirmei o seguinte: o prefeito tem que escolher seu secretariado baseado em dois importantes critérios: o político e o técnico. Ou seja, não adianta ele ter um secretário que seja 100 % técnico ou que seja 100 % político, tem que haver um contrabalanceamento. O secretário terá que ser 50% técnico e 50 % político; não adianta você ter um secretário somente técnico; como também, não é interessante o secretário ser apenas político, porque a parte técnica ficará comprometida. Beto Baia nomeou assessores em sua maioria técnicos, não contrabalanceou e o resultado todos já sabem. Como o combustível da política é o voto, os escolhidos deverão ser técnicos e ao mesmo tempo políticos.

Na administração pública, o período de experiência de um secretário não deverá ultrapassar a dez meses – as vezes até menos dependendo do caso ou situação -, não cumpriu com a missão, não se encaixou dentro das diretrizes do prefeito, não está rendendo técnica e nem politicamente, esse, tem que ser imediatamente substituído mesmo que, às vezes, seja preciso ‘cortar na própria carne’, porque, só assim, além de oxigenar, dará maior visibilidade e impulso a administração e garantirá o futuro do político e de seu grupo.

Em política, errou, as urnas punem. Temos vários exemplos de políticos com futuro promissor, carismáticos, populistas, que constrói, realiza, prioriza funcionários públicos e fornecedores, uma administração de alto nível, mas esquece de fazer o básico: de trabalhar a questão política.

Sobre o blog

Roberto Ventura: Bel. em   Ciências Sociais ( Cientista Político),   Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional

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