As eleições de 2024 em União dos Palmares poderão ser decididas antes mesmo de as urnas serem abertas, para isso, basta que as oposições se unam em torno de um nome de consenso o que, diga-se de passagem, não será nada fácil, até porque, aí entra em campo o egoísmo, a vaidade pessoal, a prepotência e a arrogância.

Areski Freitas depende - assim como ocorreu em 2018 - única e exclusivamente da arrumação ou mesmo da desarrumação das oposições.

Até para o próprio senador Renan Filho e para o governador Paulo Dantas as coisas ficarão mais difíceis para emplacar seu candidato preferido que, pelo andar da carruagem e pelos fortes comentários no palácio Floriano Peixoto e na ‘bolsa de apostas’ em União, não será Júnior Menezes e sim, Bruno Praxedes, e eles - senador e governador – poderão ter sérios problemas e grandes dificuldades para eleger seu candidato nas eleições de União dos Palmares, isso, se houver a união das oposições; repito: não será preciso apenas unir, é preciso sim, vestir a camisa, cair em campo, arregaçar as mangas para cabalar votos e, assim, conquistar o poder.

Em 2018 falei por reiteradas vezes que, com a divisão das oposições Kil seria reeleito com facilidade, o que de fato aconteceu. Sebastião escalou de forma equivocada seu time para a disputa, não tinha em sua equipe um nome que fosse capaz de tentar conciliar e agregar valores, ZA teve sua candidatura homologada pela Justiça Eleitoral na última hora, Elton Costa, Silvani Calixto e Cícero Aureliano já mostravam ser candidaturas natimortas, Manoel Gomes não saiu da Jurema e aí Kil ‘agradeceu’ e foi para a galera e, essa cena, poderá se repetir mais uma vez.

Nesse processo político, o ex-governador Manoel Gomes de Barros tem um papel fundamental, preponderante: tentar unir as oposições em torno de um nome de consenso e com bastante densidade eleitoral para enfrentar o candidato governista. Mano é um arqui-inimigo de Kil e jamais poderá ficar fora da disputa. O ex-governador tem que usar toda sua experiência para entrar em campo, ser o conciliador, o mediador, o juiz dessa peleja que promete cenas emocionantes e empolgantes. Ele terá uma missão das mais importantes e difíceis nesse contexto, caso aceite o desafio: ser o homem que irá conciliar, juntar, agregar para alcançar o objetivo de todos aqueles que fazem oposição ao prefeito Areski Freitas.

Manoel Gomes também terá que rever alguns conceitos que têm ao longo dos tempos atrapalhado sua trajetória política, principalmente em se tratando de União dos Palmares. Terá que dar um basta e deixar de lado uma cambada de sanguessugas, parasitas e bobos da corte, que em nada acrescentam, pelo contrário, têm atrapalhado decisivamente as intenções políticas do experiente homem público.

Com um palanque formado por ZA, Bruno Lopes, Sebastião de Jesus, Elton Costa, Silvani Calixto, Dr. Paulo do PT, Ivan Nunes, Cícero Aureliano e Eduardo Pedrosa, Kil não teria a mínima chance de eleger seu sucessor, e vou mais além: nem mesmo os senadores Renan Filho e Renan Calheiros e o governador Paulo Dantas teriam condições de evitar a derrota do candidato da situação, mas com um detalhe: para isso todos terão que deixar de lado a arrogância, o egoísmo para que juntos possam derrotar Areski Freitas e seu candidato, o que convenhamos é bastante difícil, haja vista, a vaidade pessoal, a fome, a ânsia e sede pelo poder falam mais alto.

Não existe meio-termo; dividiu, Kil faz com tranquilidade seu sucessor, não importa o nome, uniu as oposições, ele perderá definitivamente a hegemonia política palmarina.