A partir de hoje irei abordar alguns assuntos sobre como se conduzir em uma campanha eleitoral, ao mesmo tempo em que darei alguns conselhos principalmente para aqueles que desejam disputar um cargo eletivo. Vamos falar sobre um assunto por demais importante em uma campanha eleitoral: contatos de alta e baixa intensidade.

O recurso mais precioso e mais escasso em uma campanha é o candidato saber administrar seu tempo. Cada minuto perdido é irrecuperável em uma eleição.

Há dois tipos de contato do candidato com o eleitor, que podemos classifica-los como de alta ou de baixa intensidade. Os contatos políticos de baixa intensidade atingem o eleitor de maneira generalizada, os de alta intensidade de maneira individual.

Toda a comunicação com o eleitor em que o candidato se dirige a ele como um integrante ou representante de uma categoria social, ou um agregado de indivíduos, é o que chamamos de contato de baixa intensidade. Já a comunicação em que o candidato se dirige ao eleitor como um indivíduo, uma pessoa, onde exista uma interação de pessoa a pessoa, é um contato de alta intensidade.

Não há nenhuma ação de campanha que seja mais eficiente para atrair o eleitor, para criar um vínculo emocional entre ele - eleitor - com o candidato, para fixar sua imagem, para pedir ao eleitor para votar nele do que o contato pessoal, o corpo a corpo.

O eleitor não costuma conhecer pessoas importantes e o candidato é uma pessoa importante. Ainda que o contato seja breve se o candidato foi simpático, deu a devida atenção à pessoa, mostrou interesse pelo que ela tinha a dizer, o impacto sobre o eleitor é muito grande. A partir daquele momento do contato pessoal, se nenhum outro candidato chegar nele, com pelo menos igual atenção e consideração, dificilmente o eleitor deixará de votar no candidato com que se encontrou.

Nos contatos de alta intensidade estabelece-se uma relação individual entre o eleitor e o candidato. O candidato fala para o eleitor, mas o eleitor também tem a oportunidade de falar para o candidato. O eleitor tenderá a falar para outros (familiares e amigos) sobre o sucedido, sobre a conversa com o candidato, ampliando assim o raio de influência daquele contato.

Mesmo com alguns momentos de conversa cria-se um nexo emocional de simpatia e adesão que se forma a partir de um breve contato. É importante reiterar que tudo isto ocorre quando o contato é bem feito, e a imagem que fica é positiva.

Quando esse contato é feito de maneira displicente, antipática e desinteressada, tudo o que foi dito sobre o efeito poderoso desse contato, funciona como efeitos opostos, ou seja, provoca hostilidade e rejeição ao candidato. Em outras palavras, o mesmo nexo emocional pode se formar, mas, nesta hipótese, com base em sentimentos negativos.