Um assunto que jamais deixarei de abordar, até pela sua importância no contexto de toda e qualquer administração: a assessoria. Ela é a porta de entrada para o sucesso de uma administração.

Sendo está o espelho do político, a porta de entrada de uma administração, evidentemente que o assessor, primeiro tem que preencher alguns requisitos básicos, até porque essa função se sobressai das demais e exige bastante conhecimento administrativo, postura, poder de mando e, sobretudo, conhecimento político.

São vários os exemplos de políticos que caíram no ostracismo e tiveram suas trajetórias políticas interrompidas, abandonando a vida pública por não contar com uma assessoria competente, dinâmica, a altura da própria administração. Políticos que até então tinham um futuro promissor, mas que, ficaram pelo caminho.

O assessor que não tem conhecimento, poder de mando, jogo de cintura, carisma, habilidade para resolver os diversos problemas do dia a dia e os assuntos mais pertinentes da administração tem que mudar de ramo, ser substituído, até para motiva-lo e, quem sabe, ser mais produtivo em um outro setor do governo.

Assessoria não é local para debutantes, iniciantes e nem de se fazer experiência, o alto mandatário não poderá jamais apostar no incerto, no duvidoso, no imprevisível. O assessor tem que está pronto e preparado sob os mais variados aspectos para assumir a função.

Tem sido uma 'pandemia', uma ação costumeira nomear pessoas altamente despreparadas sem o mínimo de conhecimento para assumir determinadas funções dentro do contexto administrativo.

Outro mal no serviço público é a subserviência, falta de postura e posicionamento desenfreada de grande parte dos assessores. Não custa nada contestar, onde e o que se deve mudar, mostrar ao chefe a realidade do que está acontecendo, do que poderá ocorrer caso mudanças não sejam efetuadas, bem como, mostrar os caminhos para resolver determinados problemas na administração.

Um assessor competente tem que mostrar os equívocos, os erros e acertos existentes na administração. Entretanto, há uma subserviência e bajulação desenfreadas impressionantes nos diversos setores dos governos. É uma gama de assessores que entram mudo e saem calado. As consequências dessas ações, dessa blindagem desenfreada ao chefe, poderão levar ao caos político e administrativo. 

Vários políticos hoje estão no esquecimento por delegar poderes a pessoas despreparadas para determinadas funções, principalmente nos pontos estratégicos da administração. 

Uma palavra chave que todo ser humano deveria ter: humildade. Ela é por demais importante, porque sem ela, ninguém chega a lugar nenhum. É preciso que as pessoas tenham a consciência de suas limitações, ter o discernimento, a consciência de que não serve ou não está preparado para assumir tamanha responsabilidade e, com isso, ter a dignidade, a humildade e a autocritica suficientes para deixar o cargo, ou que o chefe tenha determinação para substituí-lo, isso em nome da administração e do próprio grupo político que detém o poder e ao qual ele pertence.

Esses problemas afetam diretamente toda a administração, o que poderá colocar todo um projeto por água abaixo, sacrificar todo um sonho de milhares de pessoas e, sobretudo, de um grupo que sempre almejou ou almeja chegar ao poder.

O insucesso em uma eleição está basicamente ligado a uma série de fatores e, dentre estes, podemos destacar a falta de estratégia e planejamento, a falta de um bom poder aquisitivo, a falta de determinação e de uma equipe unida, coesa, produtiva e, evidentemente, de uma boa assessoria.

Portanto, se no futebol errou a bola pune, na política errou as urnas punem!