Blog do Roberto Ventura

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Eleições proporcionais têm se tornado uma tremenda dor de cabeça e preocupação aos políticos

03/04/2024 13h01 - Atualizado em 03/04/2024 18h06
Eleições proporcionais têm se tornado uma tremenda dor de cabeça e preocupação aos políticos

É preciso ter muita coerência, maturidade e conhecimento político para lidar com eleições proporcionais. Em Messias, políticos, pré-candidatos, coordenadores de campanha, vivem uma grande dor de cabeça para montar as chapas proporcionas às próximas eleições. 

Diz o velho adágio popular que toda unanimidade é burra, assim sendo, agradar e satisfazer a todos é impossível. A disputa para a escolha do partido que seja conveniente e atenda as expectativas dos pré-candidatos à proporcional, tem sido uma batalha árdua e uma missão bastante difícil.

Primeiro, é preciso esclarecer que sem votos não se ganha eleição e, nesse caso, o partido ou quem esteja a ele filiado pouco importa. Se um partido tem um puxador de votos, tem que ser levado em consideração que esse terá que ter votos suficientes para eleger o segundo colocado e, este, por sua vez, terá que superar os demais candidatos de seu partido.

Outro detalhe é que, no caso de um partido ir para a eleição com pré-candidatos do mesmo nível, isso significa dizer que um desses terá que superar os demais, ou seja, pode sim, acontecer de um ser eleito com uma votação baixa, caso, os pré-candidatos desse partido tenham uma média de votos que, somando, atinja o coeficiente eleitoral.

Esse negócio de o pré-candidato querer impor e dizer que não quer esse ou aquele vereador ou candidato com bom potencial de voto no partido, isso não significa nada para aqueles que não tem votos. Para estes, pouco importa se o partido terá ou não um puxador de votos, porque eleição se ganha com votos. É claro e evidente que, se em um partido os pré-candidatos possuem uma média de votos mais ou menos equivalente, nessa hipótese, não há sentido de um puxador de votos, porque aí, irá prevalecer aquele que seja o mais votado. 

Debruçados nas opiniões e nos conselhos dos famigerados 'cientistas políticos, politicólogos e marqueteiros políticos de plantão', os quais surgem de uma hora para outra nos períodos eleitorais, esses, que só pensam em se locupletar e ganhar dinheiro às custas de políticos menos esclarecidos que não possuem uma visão mais abrangente sobre política, processo político, eles - caciques políticos - têm cometido erros grotescos de avaliação.

Em tempos de eleição, uma cambada de forasteiros que não sabem e nem conhecem nada sobre o jogo político, os vícios, os costumes, as características e as peculiaridades políticas do lugar, as potencialidades dos candidatos, das lideranças e, principalmente dos eleitores, nesse caso, comandar um processo eleitoral, é o mesmo que colocar um cego num tiroteio, ou seja, não sabe para onde vai.

Por tudo isso que foi exposto acima, tem sido uma tremenda dor de cabeça para os candidatos majoritários com seus pré-candidatos, definir quantas frentes irão para a disputa e, o pior: como escalar essas frentes.

Primeiro, é preciso que o líder, ou seja, aquele que vai escalar ou fazer a divisão dos pré-candidatos que irão concorrer a eleição, saiba o potencial de cada um deles. Eu comparo essa divisão a uma pelada de futebol, onde você terá que escalar os times por igual; os melhores para cada lado e, assim, sucessivamente. Fazendo a divisão por igual, de maneira correta, você terá mais chances de eleger mais candidatos na proporcional, sempre lembrando: é preciso ter votos, porque sem eles, qualquer planejamento, qualquer escalação de pré-candidatos, não terá efeito e sentido nenhum.

Se a distribuição e a divisão não forem bem feitas, bem pensadas, levando-se em consideração o potencial de cada pré-candidato que estão inseridos nesses partidos, evidente que esses terão prejuízos.

E, para encerrar, aqui vai um conselho aos pré-candidatos, bem como aqueles que pensam em enveredar ou mesmo disputar cargo eletivo: ninguém deverá entrar num jogo sem conhecer suas regras.

Sobre o blog

Roberto Ventura: Bel. em   Ciências Sociais ( Cientista Político),   Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional

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