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Três alagoanos votam pela soltura de Chiquinho Brazão, mandante do assassinato de Mariele Franco

Maioria da bancada alagoana votou pela manutenção da prisão

11/04/2024 10h10 - Atualizado em 11/04/2024 11h11
Três alagoanos votam pela soltura de Chiquinho Brazão, mandante do assassinato de Mariele Franco

Oito dos nove deputados alagoanos votaram na noite desta quarta-feira (10) na mensagem de confirmação de prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido). Conforme a constituição, a prisão de um parlamentar precisa ser confirmada pelos seus pares em plenário.

O parecer final foi aprovado pela maioria dos deputados presentes, com 277 votos. Entretanto, 129 deputados votaram pela soltura de Brazão, preso pela Polícia Federal por ordem do STF como um dos mandantes do assassinato da vereadora Mariele Franco, em 2018.

Da bancada alagoana, apenas Arthur Lira não votou, já que preside a Casa. Dos restantes, cinco votaram pela manutenção de Chiquinho Brazão preso, enquanto três votaram pela soltura imediata do deputado, que foi expulso do União Brasil.

Paulão (PT), Daniel Barbosa (PP), Rafael Brito (MDB), Isnaldo Bulhões (MDB) e Alfredo Gaspar (União) optaram pela manutenção da prisão do deputado carioca. Rafael Brito (MDB) como único alagoano também votou pela prisão na Comissão de Constituição e Justiça, em sessão anterior à do plenário.

Fábio Costa (PP), Marx Beltrão (PP) e Luciano Amaral (PV) votaram contra a prisão de Brazão. O PP, partido de Costa e Marx, liberou as bancadas para votar conforme suas consciências, enquanto a federação à qual o PV de Amaral faz parte orientou pelo voto sim à prisão.

A sessão contou ainda com uma abstenção recorde em casos importantes na Câmara, com 28 deputados que não compareceram ou não registraram presença no sistema de votação da Casa. Muitos dos faltosos já haviam se posicionado contra a prisão do deputado.

Durante todo o dia, o clima foi de tensão e divisão na CCJ e também no plenário. Embora preocupados com a opinião pública, deputados do centrão se preocupavam em proteger o deputado preso, com a justificativa de que ‘poderia ser um deles’.

O PL, partido com a maior bancada individual da Câmara, foi o único a orientar seus deputados a votarem contra a prisão de Chiquinho Brazão. As legendas de esquerda da casa orientaram pela manutenção da prisão. Os partidos do centrão optaram por liberar suas bancadas.

Na CCJ, em votação anterior à do plenário, a prisão de Chiquinho Brazão também foi aprovada, mas com pouca margem: 39 a favor e 25 contrários.

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O objetivo do blog é analisar a conjuntura política na capital e no interior de Alagoas.

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