Blog do Roberto Ventura

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Uma pergunta um tanto quanto inoportuna

15/04/2024 19h07 - Atualizado em 15/04/2024 22h10
Uma pergunta um tanto quanto inoportuna

Em uma visita ao Complexo Poliesportivo de Messias, na última terça-feira (8) que, diga-se de passagem, é a maior e a mais sonhada obra da cidade, principalmente para os desportistas e comerciantes locais, fui indagado por três postulantes ao cargo de vereador. Eles queriam saber minha opinião em relação a distribuição dos pré-candidatos nos referidos partidos, quais a chances de cada um e se essa divisão poderá influenciar na eleição majoritária como ocorreu nas eleições passadas, da qual foi vítima o então candidato Adelmo Júnior. 

"O que você acha sobre essa arrumação dos pré-candidatos nos partidos? Quantos vereadores cada partido fará? Você acha que a divisão foi correta ou você faria diferente? Perguntaram eles.

Primeiro, devo esclarecer que não participei das reuniões e das composições partidárias, nem nessa e nem na outra gestão, por isso fica complicado tecer algum juízo de valor, isso fica para os ‘cientistas políticos’ de plantão e os ‘expert’ da política local.

Entretanto, na gestão passada, em uma conversa com o secretário Adelmo Júnior - depois candidato a prefeito - fiz vê a ele - e isso faltando sete meses para as eleições -, que da forma como estavam planejando ir à disputa proporcional, ele seria derrotado e Marcos Silva seria eleito prefeito de Messias, como de fato ocorreu. Nesse dia, estavam presentes Mano Pichilau, Severino Rosa e o próprio Adelmo Júnior.

Sem querer ouvir o grupo ou mesmo os mais abalizados e experientes na seara política, o ex-prefeito junto com seu irmão, agiu de forma isolada e levou a frente a absurda e inoportuna ideia de ir para a eleição com uma frente partidária, isso acarretou numa debandada de aliados e lideranças políticas, fortalecendo o palanque de Marcos Silva o que, dentre outros fatores, lhe deu a vitória.

A situação agora é diferente; a eleição de Marcos Silva não depende desse fator, ou seja, se vai para o pleito com uma, duas, três ou quatro frentes, isso em nada afetará o resultado das eleições, porque o atual cenário e momento político são diferentes. Porém, caso houvesse uma debandada dos pré-candidatos à proporcional, evidentemente que o prefeito correria um grande risco à sua reeleição. 

Outro detalhe é que, o prefeito Marcos Silva, sabiamente agiu coreto, ouviu seu grupo e, juntos, escolheram a melhor opção, - ou a menos danosa -, dividiu o grupo em três frentes porque, se fizesse ao contrário, também ocorreria no mesmo erro que seu antecessor e, assim, poderia haver uma fuga para o lado da oposição, como ocorreu nas eleições passadas, com a candidatura da situação.

Não participei de nenhuma reunião sobre a distribuição dos pré-candidatos, portanto, nada sei sobre o assunto. De uma coisa eu tenho a plena certeza e convicção: isso pouco influenciará no resultado das eleições majoritárias, diferentemente da outra, que se Adelmo Júnior saísse com duas frentes, provavelmente ganharia a eleição. Existem outros, mas esse foi o principal fator que o levou à derrota. 

Respondendo as perguntas dos pré-candidatos, é preciso pelo menos ter uma ideia do potencial de cada um deles e também analisar o momento político de alguns, analisar seu desempenho nas últimas eleições - pode até ser coisa de somenos importância, mas não é -. Analisar o poderio financeiro, os apoios, carisma, a credibilidade, algum serviço prestado à comunidade e habilidade política para conquistar adeptos, eleitores e lideranças.

Por mais que alguém possa dizer que eleição se ganha no dia e com dinheiro, a coisa não é bem assim - pelo menos na questão majoritária -. Essa eleição só se define no dia quando a disputa está bastante acirrada, muito igual, onde os candidatos estão empatados em todos os cenários, em todas as pesquisas, nesse caso, a boca de urna e o desempenho das equipes nas ruas serão de grande valia e decidirá a eleição.

O dinheiro é importantíssimo, sem dúvida nenhuma, mas, se não souber usá-lo, gasta-se tudo e não se elege. Temos vários exemplos não só em Messias, mas no Brasil como um todo.

Não ouvi nada, não sei de nada, e nem participei de nada, portanto, não seria irresponsável e leviano fazer qualquer juízo de valor sobre quem se saiu bem ou mal na formação e distribuição dos pré-candidatos aos partidos.

Sou, portanto, um mero expectador da distribuição dos pré-candidatos às próximas eleições, como também, do desempenho e do resultado desses nas urnas. Portanto, uma pergunta um tanto quanto inoportuna.

Sobre o blog

Roberto Ventura: Bel. em   Ciências Sociais ( Cientista Político),   Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional

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