Alagoas

Violência em AL: "bandido não gosta de polícia que trabalha", afirma Renan Filho

Governador falou sobre o aumento da violência em Alagoas durante entrevista à imprensa em Arapiraca

Por Anne Caroline Bomfim e Erick Balbino 01/08/2016 12h12
Violência em AL: 'bandido não gosta de polícia que trabalha', afirma Renan Filho
- Foto: Marcio Ferreira

Em entrevista à imprensa na cidade de Arapiraca, o governador Renan Filho (PMDB) falou sobre o aumento da violência em Alagoas no mês de julho e afirmou que considera o período “atípico”. Para ele, “bandido não gosta de polícia que trabalha”.

Questionado sobre uma possível lista de militares marcados “para morrer”, já ventilada nas redes sociais, o gestor disse que articula junto à Secretaria de Segurança Pública (SSP) medidas mais efetivas para coibir a violência e que trabalha para reduzir a criminalidade no estado. 

“Eu recebi os áudios. Esse problema é antigo. O problema é que bandido não gosta de polícia que trabalha. Bandido gosta de polícia descansando, dormindo, trancado em um gabinete. Toda vez que você vai para cima de um bandido, ele reage”, disse. Renan Filho ressaltou, porém, que o Estado está preparado para enfrentar qualquer tipo de ameaça de facções criminosas, tanto dentro, como fora do estado e que o Serviço de Inteligência da Segurança Pública está preparado para diligências e que monitora o caso de perto. 

“O Estado está preparado. Estamos monitorando ligações que vêm de fora, de organizações de outros estados como São Paulo e Paraná. Essas organizações tem amplitude nacional”, enfatizou. “Não há a sensação de que a polícia não trabalha. Há a violência, mas a polícia trabalha e têm dado o seu recado”, emendou. 

Assomal afirma que é preciso “apertar o cerco”

O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), major Fragoso, afirmou, em entrevista ao portal 7 Segundos, que é preciso, antes de tudo, que o Estado “aperte o cerco” e que boatos sobre listas de possíveis policiais marcados para morrer sempre existiram, mas que a situação deve ser monitorada. 

“Bandido com raiva de polícia existe em todos os lugares. É preciso apertar o cerco contra o crime organizado e fortalecer as ações policiais”, concluiu.