Alagoas

Familiares de agente da PRF executado programam atos por justiça; réu será julgado este mês

Por 7 Segundos 11/08/2016 15h03
Familiares de agente da PRF executado programam atos por justiça; réu será julgado este mês
Colete que policial utilizava ficou marcado pelo sangue - Foto: Ascom PC

O homicídio do agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Luiz de Gonzaga Pereira Santos, assassinado em serviço na BR-423,no município de Ouro Branco, Sertão de Alagoas, em maio de 2015, está próximo de um desfecho. O preso por ter cometido o crime irá a julgamento no próximo 23, a partir das 9h, no Fórum de Santana do Ipanema. O agente foi morto após abordar o suspeito que observava um acidente. A família da vítima afirma que não deixará o caso cair no esquecimento e com a proximidade do julgamento dois atos públicos foram planejados.

O caso chocou familiares, amigos e colegas de farda do agente e ganhou repercussão nacional. As investigações apontaram que Jeová Rodrigues de Lima, 65, teria chegado ao local de um acidente, em um trecho da BR-423, em Ouro Branco, e ficou observando as vítimas, quando o agente percebeu a aproximação e tentou abordá-lo. O suspeito logo teria puxado uma arma e atirado três vezes contra Luiz de Gonzaga.

Jeová Rodrigues tentou fugir utilizando uma motocicleta, mas foi baleado no pé e de raspão nas costas por outro policial que estava no local. A vítima foi socorrida, mas acabou não resistindo a gravidade do ferimento e morrendo a caminho do hospital.

Para chamar atenção da sociedade quanto à necessidade de justiça para crimes dessa natureza, a família, amigos e colegas de trabalho do policial promovem dois atos chamados Luta por Justiça e Marcha por Justiça.

O primeiro acontece no próximo domingo, 14, na Avenida Sílvio Vianna, localizada na orla de Ponta Verde, durante a programação da Rua Fechada, das 9 às 12 horas. A manifestação acontecerá em conjunto com familiares e amigos de outros dois policiais que foram mortos.

“Nossa ideia é não deixar cair no esquecimento mesmo. Aqui em Maceió, será um ato em um único local, na Rua Fechada, onde vamos fazer uma panfletagem, isso a nossa família e as dos policiais Ubaldo, que foi morto um mês após o meu pai, e do capitão Rodrigues, mais recente. Trata-se de ato em solidariedade e apoio a nós familiares, amigos e colegas, mas acima de tudo, será um gesto de gratidão e reconhecimento por toda doação, dedicação, amor e prestação de serviços oferecidos pelo meu pai durante sua trajetória de vida e compromisso com a sociedade alagoana”, explicou Larissa Fontes Pereira, filha do policial. 

Já no dia 20, às 10h, a mobilização ocorrerá em Santana do Ipanema, em formato de caminhada. A concentração ocorre na Praça Dr. Adelson Isaac de Miranda (antiga Praça da Bandeira) e segue pelas principais ruas da cidade. 

Larissa afirma que vem acompanhando o andamento do processo desde o dia do crime e relembra o amor do pai pela profissão.“Ele era uma pessoa muito ativa. Era sertanejo e amava o Sertão, participava de projetos sociais. Gostava muito de estar na região. Ele unia a paixão pela polícia e pelo Sertão. Meu pai poderia ter se aposentado, mas optou por continuar apoiando a sociedade”.

Outros casos

Também participam da manifestação em Maceió, os familiares e amigos do policial federal identificado como Ubaldo Costa Melo, 53, morto em julho de 2015, em um suposto assalto a um mercadinho, no bairro da Santa Lúcia, e do capitão Rodrigo Moreira Rodrigues, de 32, morto em abril deste durante uma ocorrência no bairro de Santa Amélia, quando tentava localizar um celular roubado e foi atingido por um disparo no pescoço.