Alagoas

Bancários iniciam campanha salarial e não descartam possibilidade de greve

Categoria não descarta nova greve até o início de outubro

Por Redação com assessoria 18/08/2016 12h12
Bancários iniciam campanha salarial e não descartam possibilidade de greve
- Foto: Sindicato dos Bancários de Alagoas

O Sindicato dos Bancários de Alagoas iniciou, nesta quinta-feira (18), a campanha salarial 2016. Com faixas, bandeiras, protesto nos bancos e caminhada pelo centro de Maceió, os bancários pedem a recomposição dos salários, melhores condições de trabalho, garantia de emprego e a ampliação de conquistas na Convenção Coletiva de Trabalho.

A expectativa da categoria é que as negociações sejam mais difíceis este ano, razão pela qual não está descartada uma nova greve geral até o início de outubro. “Vamos fazer de tudo para que os impasses sejam solucionados na mesa de negociação, mas se não houver avanço por parte dos bancos, não resta alternativa a não ser a paralisação. Esta é a linguagem que eles conhecem”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Jairo França.

De acordo com o dirigente sindical, apesar da crise econômica que assola o país, os cinco maiores bancos que atuam no Brasil (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica) lucraram R$ 29,7 bilhões no 1º semestre de 2016. E mesmo assim, cortaram mais de 6 mil postos de trabalho. “Muito desse lucro foi conseguido com o esforço do bancário, que enfrenta a pressão diária pelo cumprimento de metas e a sobrecarga de trabalho. Não há razão para os bancos negarem nossas reivindicações. Queremos reajuste com ganho real, maior participação no lucro, fim das demissões, mais contratações e o fim das metas abusivas”, acrescenta Jairo França.

O reajuste salarial reivindicado pelos bancários é de 14,78% (incluindo reposição da inflação mais 5% de aumento real). O pedido de Participação nos Lucros (PLR) é de 3 salários mais R$ 8.317,90. Eles também querem que o vale refeição tenha o valor mensal de um salário mínimo (R$ 880,00) e que o piso da categoria profissional seja equivalente ao salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ R$ 3.940,24 em junho).