Política

Operação Taturana: processo é adiado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas

Esquema causou prejuízo de R$300 milhões aos cofres públicos e prendeu quase 40 pessoas

Por 7 Segundos 08/09/2016 08h08
Operação Taturana: processo é adiado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas
Operação Taturana: suspeitos serão ouvidos hoje; procurador protesta contra segredo de justiça - Foto: Ascom

Atualizada às 10h03

O processo referente à Operação Taturana - esquema de corrupção que causou um prejuízo de R$300 milhões de reais aos cofres públicos do Estado – foi suspenso na manhã desta quinta-feira (08), segundo informou a assessoria de comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas. 

A sessão foi cancelada devido a impossibilidade de o desembargador Celyrio Adamastor comparecer ao local, por motivos de saúde. O julgamento estava previsto para acontecer hoje e seria conduzido, até então, pela 3ª Vara Cível de Justiça. À ocasião, o procurador geral de Justiça do MPE/AL, Sérgio Jucá, estava previsto para realizar um protesto no início da sessão contra o segredo de justiça solicitado pelos advogados dos réus.

Mesmo não havendo sessão, o desembargador Domingos Neto reuniu-se com as partes do processo. Ele esclareceu que o processo não está em segredo de justiça, mas constam nos autos documentos que gozam do sigilo da lei. O desembargador questionou as partes - Ministério Público e advogados - se concordam o acesso do público e da imprensa ao julgamento, já que dessa forma não seria garantido o sigilo dos documentos. Os advogados presentes não concordaram com a presença do público. O procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, afirmou que e favor de que a sessão seja aberta.

O processo, agora, ficou pautado para acontecer no dia 22 deste mês.  Só haverá presença da imprensa se, até lá, ambas as partes autorizarem o acesso. O desembargador Domingos Neto ressaltou que sempre primou pela transparência em suas ações. “Eu não tem óbice de que este processo seja aberto ao público, sou muito transparente com meus atos”, disse.

O esquema criminoso levou à prisão quase 40 pessoas no ano de 2007.Segundo o representante do Ministério Público Estadual (MPE/AL), parlamentares contraíram empréstimos pessoais junto ao Banco Rural e não pagaram. O valor foi quitado pela Assembleia Legislativa. 

Foram condenados Celso Luiz Brandão, José Júnior de Melo, Manoel Gomes de Barros Filho, Cícero Amélio da Silva, Edwilson Fábio de Melo Barros, Fernando Juliano Gaia Duarte, Marcos Antônio Ferreira Nunes, Antônio Aroldo Cavalcante Loureiro, Cícero Ferro, Arthur Lira, Paulo Fernando dos Santos (Paulão), Maria José Pereira Viana, João Beltrão Siqueira, José Adalberto Cavalcante Silva e Cícero Almeida.