Geral

Reajuste na conta de energia compromete orçamento da população de baixa renda em Maceió

Moradores do Vale do Reginaldo não tem condições de arcar com os custos; Eletrobrás analisa caso a caso

Por 7 Segundos com TV Ponta Verde 07/11/2016 11h11
Reajuste na conta de energia compromete orçamento da população de baixa renda em Maceió
Reajuste na conta de energia compromete orçamento da população de baixa renda em Maceió - Foto: Divulgação

Os consumidores de todo o país voltaram a pagar a taxa extra das bandeiras tarifárias de energia elétrica a partir deste mês, segundo determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em novembro, passou a vigorar a bandeira amarela, o que implica na cobrança de R$1,50 para cada 100 kWh de energia consumidos. Os maceioenses desempregados ou de baixa-renda, no entanto, reclamam dos custos adicionais na conta e afirmam que não condições financeiras para pagar a cobrança extra mensal.

A reportagem da TV Ponta Verde – afiliada ao SBT, entrevistou a aposentada Maria Nazaré da Silva, que mora no Vale do Reginaldo. Ela se diz insatisfeita com a cobrança e afirma, também, que muitas pessoas que moram no conjunto estão na mesma situação. “Está caro demais para a gente que não tem nada, que só recebe uma aposentadoria por mês”, falou.

A cobrança da taxa havia sido suspensa desde abril, quando passou a vigorar a cor verde pela primeira vez desde que o sistema entrou em vigor, em janeiro de 2015. A bandeira permaneceu verde até outubro, ou seja, por sete meses. De acordo com a Aneel, a mudança é causada devido à “condição hidrológica menos favorável do país”, ou seja, a queda no volume de água nas hidrelétricas.

Alguns moradores do Vale do Reginaldo tentaram se cadastrar no programa de baixa-renda da Eletrobrás, mas, até agora, não conseguiram. A assessoria de comunicação da companhia informou que vai analisar caso a caso.

Almir Pereira, assistente de Direção Comercial da distribuidora, alerta para que os alagoanos evitem o desperdício. “O consumidor poderá, proativamente, agir para que evite o desperdício do consumo de energia e os custos possam voltar aos patamares mais adequados porque, fazendo essa economia, a gente poderá, futuramente, desligar essas usinas elétricas, ao passo que os reservatórios se recompõem e a gente volta a usar uma fonte mais baixa e menos honerosa”, ressaltou.