Alagoas

Operação Taturana: réus e testemunhas serão ouvidos em audiência nesta quarta

Por 7 Segundos 14/11/2016 16h04
Operação Taturana: réus e testemunhas serão ouvidos em audiência nesta quarta
- Foto: Caio Loureiro/ TJ

A audiência dos envolvidos no desvio de quase R$ 300 milhões da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), descoberto na "Operação Taturana", será realizada a partir das 9h desta quarta-feira (16), no plenário do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) no Centro de Maceió.

A audiência será designada pelo Núcleo de Improbidade do TJ/AL. O juiz Helestron Costa informou por meio da assessoria de imprensa do órgão que o processo está em segredo de justiça e a imprensa não poderá entrar na sala de audiência.

Na audiência desta quarta-feira serão ouvidos os réus e as testemunhas do Ministério Público e a defesa na ação sobre as fraudes. São réus na ação de improbidade: os deputados Antônio Albuquerque (PTB), Edival Gaia (PSDB), o conselheiro do Tribunal de Contas de Alagoas (TCE/AL), Cícero Amélio (PRTB), e o ex-deputados Nelito Gomes de Barros (PSDB), Maurício Tavares (PTB) e Cícero Ferro (PMN). 

O caso

O esquema criminoso deixou um rombo de R$ 300 milhões de reais aos cofres públicos. À época, em 2003 e 2004, os então candidatos à prefeitura por Maceió teriam realizados empréstimos em seus nomes ao Banco Rural - sendo este também indiciado nas fraudes-, nos valores de $195.572,54, feito pelo deputado federal Cícero Almeida, e R$ 30 mil, realizado pelo também deputado federal Paulão.

Os empréstimos pessoais e indevidos levaram à prisão 40 pessoas, em 2007. Quem pagou toda esta conta foi a ALE.

Dos desvios

Segundo a PF afirma no relatório final da 'Operação Taturana', estima-se que, no período investigado, o dano causado aos cofres da ALE tenha alcançado a soma de R$ 254.340 milhões. Destes, R$ 209 milhões foram consumidos no desvio de recursos da folha de pagamento da ALE; R$ 22 milhões estiveram relacionados com a apropriação indébita previdenciária; outros R$ 19.320.000,00 relacionados a malversão da verba de gabinete e cerca de R$ 4.000.000,00 foram desviados com o esquema da orientação de despesas não autorizadas por lei.