Polícia

Novo rombo é descoberto em contas públicas e municípios são investigados pela PF

O objetivo agora é descobrir como a organização criminosa agia para desviar os recursos para merenda escolar

Por 7 Segundos 10/03/2017 17h05
Novo rombo é descoberto em contas públicas e municípios são investigados pela PF
PF em Limoeiro de Anadia - Foto: Josival Meneses/ 7Segundos

 A Polícia federal (PF) revelou durante coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (10) em Maceió, os detalhes da segunda fase da operação  'Brotherhood'. A ação tem objetivo de impedir uma organização criminosa envolvida em fraudes em licitações relacionadas à merenda escolar.

Durante as investigações, foram identificadas empresas que possuem contratos de serviços falsos e ainda pessoas usadas como laranjas. Em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), foram recolhidas agendas com anotações, processos de contrato e documentos em municípios de Alagoas.

De acordo com a polícia três empresas lideram o esquema que está presente em quase todos os municípios de Alagoas e alguns municípios de Pernambuco. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão e 22 de condução coercitiva nos seguintes municípios:

 São Luís do Quitunde, Igreja Nova, Atalaia, Limoeiro de Anadia, Joaquim Gomes, Rio Largo, Ibateguara ,Joaquim Gomes, Pindoba, Traipu , São Miguel dos Campos e Maceió, além dos municípios de Quipapá e Paulista, em Pernambuco.

Ainda não há pessoas presas, mas alguns envolvidos foram levados para serem ouvidos. A expectativa é que os mandados sejam cumpridos aos poucos.

Apesar de não ter sido concluída, a primeira fase teve um papel importante para a investigação da segunda fase, pois através dela foi possível identificar a ilegalidade de  mais empresas.

A Polícia federal ainda disse que as empresas tem registro de pessoas em comum. E que para parecer mais real as entidades faziam contratos de licitações falsos para haver concorrência, decidindo entre eles quem seria a ganhadora.

Segundo a Controladoria Geral da União(CGU),na primeira fase da operação, o desvio de verbas foi de aproximadamente R$ 12 milhões agora na segunda fase o valor descoberto é ainda maior. São cerca de R$ 20 milhões desviados dos cofres públicos.

O objetivo agora é descobrir como a organização criminosa agia para desviar os recursos para merenda escolar. Pois as, empresas não estariam repassando os materiais para os contratantes, ou seja, os municípios.