O governador Renan Filho (PMDB) afirmou em entrevista à imprensa, na manhã desta quinta-feira (4), que não poderá convocar toda a reserva técnica do concurso da Polícia Civil de 2012, por determinação da Procuradoria Geral do Estado (PGE). O anúncio foi feito durante lançamento do projeto 'Ronda no Bairro', no Jacintinho, em Maceió.

Na ocasião, Renan Filho justificou que há uma lei que precisa ser cumprida. “Eu avaliei junto à PGE para convocar o máximo possível. Eu não posso cometer ilegalidade. A PGE avaliou que o concurso não previa reserva técnica. O que acontece é que algumas pessoas criaram essa reserva porque ficaram próximos aos aprovados. Mas eu não posso deixar de seguir o que a Procuradoria determina”, afirmou o governador.

A convocação da reserva técnica causou uma enorme confusão logo depois que 31 nomes foram retirados da lista de convocação publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), na quarta-feira (3). A lista é uma retificação de outra convocação, realizada no último dia 30, quando foram listados 92 candidatos considerados aprovados na primeira etapa do concurso instituído pelo Edital nº 1/2012.

Para o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol), a Assessoria Jurídica da Delegacia Geral cometeu “trapalhada e demonstrou falta de trato com a sociedade, que fez o concurso e almeja um sonho da carreira na Polícia Civil”. “Nosso efetivo tem hoje uma defasagem de três mil policiais. Entendemos esses aprovados como sendo mais 92 pessoas para contribuir com o combate a violência e elucidação de crimes em Alagoas”, disse o presidente da entidade, Ricardo Nazário.

Na manhã de hoje, o Sindpol convocou a imprensa, às 7h30, em frente à Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), no bairro da Santa Amélia, para tratar da confusão. O presidente do Sindpol informou que está prestando apoio aos candidatos ‘desconvocados' e faz um apelo para que o Governo de Alagoas aceite a inscrição de todos os nomes da primeira convocação.