Brasil

Militares e policiais federais fazem operação na Rocinha pela 1ª vez desde início da intervenção

O barulho das rajadas e disparos de fuzil provocou pânico e correria na entrada do bairro

Por UOL 09/06/2018 08h08
Militares e policiais federais fazem operação na Rocinha pela 1ª vez desde início da intervenção
Homens das Forças Armadas no início da operação na favela da Rocinha neste sábado - Foto: Luis Kawaguti/UOL

A operação na Rocinha e em mais três favelas da zona sul da capital fluminense, na manhã deste sábado (9). Militares e policiais foram recebidos a tiros ao chegar na comunidade, com blindados e helicópteros, por volta das 6h. Às 8h, uma nova troca de tiros foi ouvida no interior da Rocinha, onde vivem pelo menos 69 mil pessoas, de acordo com números da Prefeitura do Rio.

O barulho das rajadas e disparos de fuzil provocou pânico e correria na entrada do bairro, encravado entre áreas nobres do Rio. A estrada Lagoa-Barra, ligação entre as zonas sul e oeste da cidade, foi fechada. Esta é a primeira vez desde o início da intervenção federal no Rio, em fevereiro deste ano, que as Forças Armadas são mobilizadas para atuar na Rocinha.

A área que vem registrando tiroteios frequentes desde 2017, o que obrigou os moradores a mudar suas rotinas. "Agora  temos hora para chegar: antes das 20h, todos têm de estar em casa", disse uma mãe de família, que pediu para não se identificar. Segundo o Comando Conjunto da intervenção, além da Rocinha, a operação deste sábado abrange as favelas do Vidigal, Chácara do Céu e Parque da Cidade.

No início da manhã, ao ver a chegada dos policiais, traficantes do Comando Vermelho soltaram fogos de artifício para avisar os colegas sobre a operação. Do alto do morro, dispararam contra a polícia.