Polícia

Travesti foi morta por levar drogas em área de facção rival, aponta polícia

Autor dos disparos vai responder por por homicídio qualificado por motivo fútil

Por 7Segundos, com Ascom PC 14/12/2020 12h12 - Atualizado em 14/12/2020 13h01
Travesti foi morta por levar drogas em área de facção rival, aponta polícia
O delegado Lucimério Campos, titular da DH de Rio Largo - Foto: Ascom PC

A Delegacia de Homicídios (DH) de Rio Largo concluiu o inquérito policial que investigou a morte da travesti conhecida socialmente como Joana D’Arc. Ela foi assassinada a tiros na zona rural do município no dia 25 de outubro.

As investigações apontaram que Joana D’Arc foi morta por levar drogas em uma área de facção rival a que pertencia.

No dia do crime, segunda a Polícia Civil, ela estava levando drogas ilícitas do Conjunto Antônio Lins, onde residia, para serem comercializadas no Conjunto Jarbas Oiticica, residenciais que ficam situados às margens da BR-104. O grupo criminoso do Conjunto Antônio Lins não aceitava que a vítima vendesse drogas na área do rival.

O delegado Lucimério Campos, titular da DH de Rio Largo, disse que é de conhecimento público que existe uma disputa territorial entre esses dois conjuntos habitacionais, estimulada pela influência de facções criminosas rivais, o que teria causado a morte de Joana D’Arc.

Ainda segundo o delegado, a facção ligada ao Antônio Lins determinou que um indivíduo ligado à organização criminosa, morador do conjunto, praticasse o crime.

“No dia 25 de outubro passado, a vítima foi vista pelo criminoso saindo de casa, oportunidade na qual ele a perseguiu montado em uma bicicleta e fez disparos de revólver calibre 38 contra ela. Atingida, Joana D”Arc tombou às margens da rodovia BR 104, no trecho de acesso ao Conjunto Antônio Lins, local onde veio a óbito”, acrescentou o delegado.

O autor dos disparos se apresentou na Delegacia de Homicídios de Rio Largo, acompanhado por advogado, sendo interrogado.

“Questionado sobre o crime, o investigado usou o direito constitucional ao silêncio. Ao final, foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e por meio que impossibilitou a defesa da vítima”, afirmou Lucimério Campos. 

O inquérito, agora, será encaminhado ao Judiciário, com pedido de prisão do acusado.