Saúde

Após redução de vacinas enviadas, Ayres fala em falta de planejamento do Ministério

Renan Filho criticou “racha” entre Doria e Bolsonaro em relação a imunização

Por Tais Albino e Felipe Guimarães* 19/02/2021 13h01 - Atualizado em 19/02/2021 13h01
Após redução de vacinas enviadas, Ayres fala em falta de planejamento do Ministério
Governador e os secretários de Estado da Educação e da Saúde durante coletiva de imprensa - Foto: Felipe Guimarães / 7Segundos

Depois de o Ministério da Saúde anunciar um cronograma de vacinação e ser desmentido pelo Instituto Butantan, o governador Renan Filho (MDB) confirmou a redução do número de vacinas contra Covid-19 que serão enviados a Alagoas e demais estados.

“Isso é muito ruim para o país. O Ministério diz que o Butantan não cumpriu com o contrato e o Butantan diz que não conseguiu cumprir justamente porque demorou a receber o material da China, por causa das dificuldades diplomáticas do país. Problemas de lado a lado, mas o fato é que não temos a quantidade vacina necessária”, disse.

A fala foi feita na manhã desta sexta-feira (19), em uma coletiva de imprensa ao lado dos secretários de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, e da Educação, Fábio Guedes.

Alexandre Ayres falou sobre a falta de planejamento do Ministério da Saúde. “É preciso ter celeridade na vacinação, pois não há tratamento precoce. A gente tem cobrado do Ministério uma maior clareza, está faltando transparência. Para que a gente possa continuar com esse diálogo com a nossa sociedade”.

Renan Filho também criticou o “racha” entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Essa divisão do Governo Federal e Governo de São Paulo precisa acabar. Nesse momento, não há vencidos e vencedores, a vitória é do vírus. O Brasil precisa esclarecer para sua população quando teremos vacina”.

Compra direta de vacinas


Questionado sobre a possibilidade de adquirir vacinas por conta própria, Renan Filho disse que não era viável pelas condições impostas pelo Ministério da Saúde.

“O ministro Eduardo Pazuello colocou que, qualquer comprar de vacinas por parte dos estados, precisa destiná-las diretamente para o Plano Nacional de Imunização. Nenhum estado Brasileiro vai pode vacinar sua população antes de outro. É uma decisão do país”, explicou.