Maceió

Em tempo de desemprego, funerárias em Maceió contratam devido à alta demanda

Do outro lado, setores como bares e restaurantes fecham as portas

Por Marcos Filipe Sousa 13/04/2021 16h04
Em tempo de desemprego, funerárias em Maceió contratam devido à alta demanda
Rotina mudou no ramo das funerárias em Maceió - Foto: Helene Santos

Enquanto bares e restaurante amargam prejuízos devido a pandemia da covid-19, um outro setor continua com alta demanda, as funerárias. As empresas precisam dar conta do volume de serviço, que disparou desde março do ano passado.

"Os serviços dobraram, e estamos fazendo tudo que a gente para atender todo mundo, as famílias que perderam entes para a covid-19, assim como outros tipos de mortes e acidentes", disse José Rômulo, proprietário de uma funerária no Centro da capital.

Em um momento em que o país enfrenta um desemprego recorde e empresários maceioenses fecham as portas por causa da pandemia de covid-19, o setor de funerária contratou.

“Sabemos que os cemitérios particulares também contrataram funcionários, devido ao protocolo que precisa ser seguido, demandando mais cuidado”, completou.

Nunca morreu tanta gente no Brasil quando no período da pandemia. Foram quase 1,5 milhão de óbitos entre março de 2020 e fevereiro de 2021, de acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil).

Na cidade de Maceió esses números também apontam um aumento com 7763 óbitos em 2020, contra 6866 em 2019. E nos três primeiros meses deste ano, a capital já registrou 2635 mortes.

Um outro dono de funerária relembrou o ápice da pandemia entre os meses de maio e julho do ano passado e a situação atual. “Era muito triste ver outros colegas ligando perguntando se tínhamos caixão. E essa situação amenizou, mas estamos vendo um aumento da mesma forma, somente de covid-19, temos no mínimo seis enterros por dia, fora as demais mortes do cotidiano”, colocou Evandro Toledo.