Saúde

"A nossa situação está indefinida, infelizmente", diz coordenadora da casa Luiza de Marillac sobre afundamento do solo na região

A instituição foi atingida pelo afundamento do solo causado pela Braskem

Por 7Segundos 29/04/2021 21h09 - Atualizado em 29/04/2021 22h10
'A nossa situação está indefinida, infelizmente', diz coordenadora da casa Luiza de Marillac sobre afundamento do solo na região
Casa Luiza de Marillac - Foto: Reprodução/Web

A instituição social, Casa Luiza de Marillac já existe há 63 anos, em Alagoas e abriga idosas com mais de 60 anos. Atualmente, a  instituição localizada no bairro do Bebedouro, em Maceió vive sobre o dilema da desocupação do local devido ao afundamento do solo causado pela Braskem.

Em entrevista ao portal 7Segundos a coordenadora da instituição Solange Araújo, falou um pouco sobre o funcionamento da casa durante esse período de incertezas. "A casa Luiza de Marillac, é uma instituição que já existe 63 anos e recebe senhoras com idade superior a 60 anos está situada no bairro do bebedouro em Maceió, infelizmente hoje aqui em Bebedouro só existe aqui a casa da velhice Luiza de Marillac, uma instituição tradicional uma casa que quem está aqui não quer sair, uma casa em cada canto que foi construído, foi trabalhado com muito amor e muita dedicação. Hoje a gente tem uma instituição referência no estado, infelizmente nós não vamos poder continuar mais aqui já que a instituição foi atingida pelo afundamento do solo", explicou a coordenadora.

Sobre a manutenção do local, Solange contou que a instituição vive de doações e conta com ajuda do governo do Estado . " A instituição filantrópica vive de ações da igreja católica aqui de Bebedouro, a arquidiocese Santo Antônio. A gente sobrevive com apoio da comunidade, atualmente nós temos o trabalho de telemarketing, temos pessoas que nos visitam que traz aqui as doações e temos aquela ajuda do governo, através da  nota fiscal cidadão que nos tem aé muito gratificante esse trabalho do governo nos ajudar com relação a premiação do nota fiscal cidadã, além disso, nós temos o telefone da casa onde as pessoas podem ligar para organizar a entrega das doações, nós também podemos ir  buscar as doações ou pode ser feito um depósito em dinheiro através de nossas contas bancárias", disse Solange. 

Uma das maiores dificuldades enfrentadas pela instituição, é a saída de sua sede. De acordo com Solange, a casa tinha um projeto para atender cerca de 60 idosas antes do problema no solo atingir a região, foi realizada uma reforma no local para garantir mais conforto para idosas, mas devido a todo o problema causado pela Braskem, a instituição se prepara e busca um novo lar para suas acolhidas.

"Hoje nós estamos com 40 mulheres deveríamos, já está com 60 porque o projeto já estava pronto iniciado para nós estarmos hoje com 60 senhoras morando aqui, nessa instituição, porém, tudo o que aconteceu com a Braskem a gente teve que parar com o que estava fazendo, receptar o trabalho da instituição e, não podemos mais crescer. A procurar hoje tem sido muito grande e a nossa população está envelhecendo muito rápido e cada vez mais a instituição vem sendo procurada para que possa acolher os idosos. A nossa situação está indefinida, infelizmente, porque encontramos uma casa, porém essa casa precisa de muitas adaptações, aumentar o número de quartos e a gente está tentando fazer a apropriação, fechar a negociação, para que agente possa fazer nosso local definitivo", lamentou. 

Boa notícia

Na instituições todas as idosas e trabalhadores do local foram vacinados contra a Covid-19. "Graças a Deus aqui na instituição nós não tivemos nenhum caso de COVID-19, o nosso protocolo tem sido muito rígido, porém, a gente tem feito um trabalho internamente com elas para que elas não entrem em depressão e não fiquem preocupadas com os familiares, nós criamos um ambiente onde os familiares entre conversa com ela sem serem tocadas e assim a gente está fazendo e também estamos trabalhando com elas através de conferências, agora mesmo estamos fazendo um projeto dia das mães para que elas possam conversar com os filhos, para receber mensagens, receber abraço, através do telefone e aqueles que quiserem vim aqui vão dar um abraço. Aqui todos estão vacinados, todos tomaram vacina, todos os idosos e também como todo pessoal que está trabalhando na instituição", explicou Solange.

Doações

As doações podem ser feitas através dos números da instituição (82) 3241-1565 ou (82) 99335-4030, ou  pelas contas bancárias: Banco do Brasil: Ag 1233-5 CC 38153-5 e Caixa Econômica: Ag 0840 CC 4312-7 Op 003