Economia

41,2% dos brasileiros das classes C e D trocaram de celular na pandemia

Por Estadão Conteúdo 08/07/2021 18h06
41,2% dos brasileiros das classes C e D trocaram de celular na pandemia
Imagem de celular com o logo do Facebook - Foto: AP Photo/Jenny Kane, File

Mesmo com cenário econômico desafiador, 41,2% dos brasileiros das classes C e D trocaram de celular na pandemia. E mais: 47,6% pretendem fazê-lo nos próximos 12 meses. Esses dados fazem parte da pesquisa Go2Mob/FirstCom, realizada pela Go2Mob em parceria com a FirstCom.

O estudo, que entrevistou 4.588 brasileiros das classes C e D de todos os estados do Brasil e Distrito Federal, também revela que, embora 66,1% dos participantes tenham uma renda familiar inferior a R$ 1 mil mensais, 58,2% dos participantes possuem aparelhos com preço médio acima de R$ 2 mil.

Quando questionados sobre como utilizam o smartphone no dia a dia, a atividade mais comum é o acesso às redes sociais (54%). Os brasileiros também usam seus dispositivos móveis para jogar (31%), assistir a vídeos (29%), trocar mensagens de texto (28%), fazer ligações de voz (26%), fotografar ou gravar vídeos (23%) e comprar (11%).

Entre os que trocaram de celular na pandemia, a maioria optou por um dispositivo da sul-coreana Samsung (49%). Em segundo lugar, aparece a Motorola (21,4%), seguida pela chinesa Xiaomi (6,9%) e a norte-americana Apple (6,4%). O cenário é parecido entre aqueles que pretendem realizar a mudança nos próximos 12 meses. A Samsung lidera a preferência (40,3%), seguida por Motorola (17,3%), Xiaomi (17,1%) e Apple (14,5%).

Janela para o mundo


As classes C e D utilizam o celular principalmente para acessar as redes sociais. Entre os canais preferidos, o mais popular é o WhatsApp (58%). Os participantes também utilizam Facebook (52%), Instagram (36%) e YouTube (29%). Plataformas como Twitter (6%), Pinterest (5%), LinkedIn (2%) e Clubhouse (1%) são menos utilizadas. Apenas 9% dos respondentes disseram não acessar as mídias.

Para trocar mensagens de texto pelo celular na pandemia e realizar chamadas de vídeo, o WhatsApp também é o favorito, com 77% da preferência. Mas os entrevistados também utilizam Facebook (19%), SMS (16%), Telegram (6%), Google Meet (5%), Zoom (3%), Microsoft Teams (2%) e Skype (2%). Outras ferramentas são acessadas por 6% dos participantes e 8% não utilizam aplicativos do tipo no telefone.

Os aplicativos preferidos


Cada vez mais populares, os aplicativos de bancos são bastante utilizados pelos brasileiros das classes C e D. O mais comum é o da Caixa Econômica Federal (18%), seguido por Nubank (10%), Itaú Unibanco (8%), Banco do Brasil (8%) e Santander (6%). Entretanto, parte dos entrevistados (39%) ainda não têm esse tipo de aplicativo no celular.

“A liderança da Caixa é um reflexo do pagamento do auxílio emergencial, que levou muitos brasileiros a abrir conta e utilizar um app de banco pela primeira vez”, explica Alexandre Ramalho, CEO da Go2Mob. “Mas ainda há mercado para os bancos crescerem nestas faixas sociais, já que quase 40% informaram não possuir aplicativos de banco no celular, sinalizando que boa parte ainda é desbancarizada”, acrescenta Luis Claudio Allan, CEO da FirstCom.

Quando o assunto são as plataformas de compra, a mais popular entre os entrevistados é o Mercado Livre (21%). iFood (11%), Americanas (10%), Magalu (8%) e Amazon (6%) também compõem o Top 5. Já ao serem questionados sobre os apps de transporte preferidos, a maioria (49%) afirmou não utilizar esse tipo de serviço. Entre os que utilizam, a Uber é o favorito (20,9%), mas os entrevistados que trocaram de celular na pandemia também usam 99 (16,3%) e outros aplicativos (13,9%) .