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Efeito Rayssa: Federação Alagoana de Skatistas pede diálogo com o poder público para melhorias no esporte

Apesar das dificuldades, sonho de mandar um representante para as olímpiadas ainda vive

Por 7Segundos 30/07/2021 16h04
Efeito Rayssa: Federação Alagoana de Skatistas pede diálogo com o poder público para melhorias no esporte
Skatista alagoano durante aula para crianças - Foto: Reprodução/Facebook

Com a grande repercussão da conquista histórica da medalha de prata na Olimpíada de Tóquio, pela skatista Rayssa Leal, amantes do esporte se apaixonaram pela conquista da jovem e puderam perceber a importância da modalidade esportiva para o país.

Em busca de compreender melhor como o cenário esportivo do skate funciona em Maceió, a redação do 7Segundos Maceió entrou em contato com o presidente da Federação Alagoana de Skate (Fask), Luis Kennedy.

Segundo o representante da categoria, falta incentivo por parte dos governantes. “Complicado dizer ‘incentivo’, por falta de apoio dos governantes, mas tem surgido algumas oportunidades, desde o período pandêmico começou a surgir algumas coisas, não como a gente gostaria, até porque o mundo inteiro quase que parou nessa questão de eventos presenciais, mas a gente conseguiu fazer um evento online com o apoio da Secretaria do Esporte, Lazer e Juventude (Selaj)”, contou.

Além da falta de incentivo por parte dos governantes, a falta de diálogo na execução e planejamento das atividades também vem afetando os skatistas, que não entram em conformidade com a execução dos projetos.
“Em relação a pista de skates, a gente tá tendo dificuldade tanto na execução de projetos, como a gente não tá tendo acesso aos projetos, para poder ter um diálogo de como poderiam ser feitas, a gente tá com essa dificuldade”, explicou.

Aulas de skate para crianças, em 2019. Foto: reprodução/facebook

Por isso, os amantes do esporte precisam utilizar os equipamentos públicos disponíveis. Em Maceió, três locais possuem a maior concentração de skatistas, porém a violência pode surgir como uma forma de desestimular a categoria.

“Em Maceió, a gente tem a [praça] do Bentes, da Pajuçara e da Faculdade, três. A praça da faculdade tá mais tem um policiamento lá, tem uma parte lá da polícia lá, que eu acho que tá dando um pouco mais de segurança mesmo. No Biu está faltando um pouco, é uma área um pouco crítica, acho que deveria ter um pouco mais de policiamento”, disse.

Olimpíadas

Para Kennedy, a vitória da skatista Fadinha representou fielmente a garra do povo nordestino, tendo sido importante também para motivar uma possível candidatura alagoana nas próximas olimpíadas.

“Eu diria que a vitória foi muito merecida, ela representa bem o Nordeste. Deu uma visibilidade maior para o skate. A nossa meta é essa, de mandar alguém de Alagoas [ para as olimpíadas], tem a Carolzinha que tá mandando bem, estamos apoiando muito ela. Temos fortes candidatos para mandar para as olimpíadas, a gente tá nessa batalha, pedindo revitalização de pistas, melhorias, para que a gente tenha um atleta nosso de Alagoas representando lá”, afirmou.

Incentivo

Segundo dados levantados pela Fask, Alagoas possui 170 skatistas registrados, podendo possuir um número ainda maior de pessoas praticantes do esporte. Para se cadastrar, basta preencher um formulário disponível nas redes sociais da federação.

“A gente tem um formulário que a gente envia todos os anos para os grupos de skatistas para que eles preencham todos os dados. E assim nós tivemos o ano passado, por falta de acesso, às vezes o pessoal não tem acesso a esse link temos 170 skatistas cadastrados no momento. A gente sabe que tem bem mais, fiz uma live ontem para a gente falar um pouco sobre isso. A gente tá querendo que a galera se declare mesmo como skatistas”

Fask durante aula para crianças, em 2018. Foto: reprodução/facebook

Com a união dos esportistas, alavancar projetos sociais se torna uma tarefa mais fácil. Atualmente a Fask possui uma proposta com a Secretaria Municipal de Educação de Pilar, para poder levar o esporte para os alunos da rede pública.

“Antigamente era cada um por si. Eu tenho esse projeto na cidade de Pilar há mais de três anos, desde 2017, bem antes eu já comecei só que estou engatinhando agora. Estou para fazer uma reunião com o secretário daqui para gente botar . A gente dava aulas de skates nas pracinhas aqui e em alguns bairros para incentivar as crianças no esporte, tirando nota boa. E a gente planeja colocar esse projeto em todas as cidades", explicou.