Tecnologia

Rodrigo Cunha defende uso de internet 5G no combate à exclusão digital no Brasil

Fala de senador aconteceu nesta segunda-feira (01)

Por Assessoria 01/11/2021 14h02
Rodrigo Cunha defende uso de internet 5G no combate à exclusão digital no Brasil
Senador Rodrigo Cunha - Foto: assessoria

Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado Federal, o senador Rodrigo Cunha (PSDB) defendeu nesta segunda-feira (01) a utilização da internet 5G para combater a exclusão digital no país.

Segundo ele, “A implantação da internet de 5ª Geração no país, o chamado 5G, não pode ser somente um evento marcado por retorno financeiro para os cofres do governo federal”. Para Cunha, a “implantação da internet 5G tem que representar um passo decisivo para o Brasil retirar milhares de cidadãos da completa exclusão digital, e que ainda vivem sem acesso à comunicação por voz e de dados em um terrível apagão da telefonia celular especialmente nas pequenas cidades e povoados. Infelizmente, muitas comunidades, inclusive no interior de Alagoas, ainda sofrem sem acesso nenhum acesso a sinal de telefone, ou de internet”.

O posicionamento de Rodrigo Cunha se deu diante da proximidade do início da tão falada concorrência da internet 5G, marcada para começar na próxima quinta-feira (04). Nesta data, na sede da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em Brasília, os envelopes com as propostas das empresas habilitadas a concorrer em diferentes modalidades de operação desta tecnologia em diversas localidades brasileiras começarão a ser abertos. Realidade em 65 países e 1.662 cidades, a telefonia móvel de quinta geração dará o seu primeiro grande passo no Brasil com este certame. Em um primeiro momento o 5G deverá beneficiar capitais e grandes cidades, porém o senador alagoano vem lutando por mais agilidade na expansão do serviço para o interior do país.

“Garantimos, eu e o deputado Pedro Vilela, R$ 9,2 milhões para levarmos pontos de acesso à internet Wi-Fi para os 102 municípios de Alagoas. Estes pontos, com alcance de 200 metros, hoje já estão instalados em 58 localidades de 45 municípios de todo o estado. Mas mesmo com todo este esforço, é preciso avançar muito mais neste sentido. É inconcebível que em pleno século XXI comunidades inteiras não consigam se comunicar, fiquem excluídas do acesso a serviços públicos digitais, não tenham acesso à informação, à educação e a opções de entretenimento. Vejo no leilão do 5G uma oportunidade para combater este atraso, mas o governo precisa ter esta visão estratégica e não somente realizar a concorrência sem garantir os benefícios à sociedade, especialmente as mais carentes. As cidades médias e pequenas precisam desta tecnologia”, destacou Rodrigo Cunha.

Além de grandes operadoras já atuando na telefonia brasileira, como Claro, TIM e Telefônica (Vivo), o leilão do 5G pode ter a participação de outras 12 empresas. A Algar e a Sercomtel, de médio porte, também já operam no país. As outras dez concorrentes estrearão no mercado: Brasil Digital Telecomunicações Ltda; Brisanet Serviços de Telecomunicações SA; Cloud2U Indústria e Comércio de Equipamentos Eletrônicos Ltda; Consórcio 5G Sul; Fly Link Ltda; Mega Net Provedor de Internet e Comércio de Informática Ltda; Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação Ltda; NK 108 Empreendimentos e Participações SA; VDF Tecnologia da Informação Ltda; e Winity II telecom Ltda.

A expectativa é de que o Tesouro Nacional arrecade R$ 3,06 bilhões, caso os lotes sejam leiloados na sua totalidade. Segundo a Anatel, “será a maior oferta de espectro da história da agência”. Entre as principais novidades da tecnologia 5G, estão a transmissão de altas taxas de dados e em baixa latência, ou seja, no menor espaço de tempo possível, com segurança e confiabilidade. Na ampla gama de possibilidades a serem exploradas, há aplicações eficientes para o desenvolvimento de serviços destinados a diversas atividades econômicas e pessoas físicas, como operação remota de máquinas, operação de máquinas por outras máquinas, procedimentos em telemedicina e transmissão de vídeos em alta resolução. A licitação só foi marcada em definitivo depois de correções no edital determinadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).