Cultura

Dançarino alagoano ganha bolsa de estudos na Suíça, mas precisa de recursos para manutenção em país

Edson Santos iniciou a sua carreira na Dança em 2009 e hoje está em busca de realizar o seu sonho

Por Vitória Vita - estagiária* 10/04/2022 08h08 - Atualizado em 10/04/2022 14h02
Dançarino alagoano ganha bolsa de estudos na Suíça, mas precisa de recursos para manutenção em país
A dança sempre esteve em sua vida - Foto: Cortesia

Em busca de seus sonhos após anos de luta, o dançarino alagoano Edson Santos ganhou uma bolsa de estudos na Suíça. Apesar da grande conquista, o jovem precisa de recursos para conseguir passar pelo menos os seis primeiros meses no país europeu até se estabilizar.

Edson descreve a sua trajetória com a dança como "um pouco conturbada". "Quando eu entrei na faculdade de Dança eu tinha medo do meu pai descobrir. Eu disse que tinha passado em Biologia e ele passou um 'tempão' acreditando. Depois que eu comecei realmente a trabalhar e fui conquistando espaço eu disse pra ele que iria mudar de curso", relatou. Anos tiveram que se passar até o próprio Edson entender a Dança como uma profissão. 

Em 2009, ele iniciou a sua carreira na Companhia dos Pés, fundada em 2000 pela professora Drª Telma Cezar, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A Companhia fez uma seleção entre diversos candidatos, e Edson Santos foi selecionado para integrar a equipe de bailarinos. Lá ele se aprofundou em danças populares, com especialidade no Frevo e Dança Contemporânea. Santos fez parte to time de profissionais até o início deste ano.

Após encerrar o ciclo de treze anos, a oportunidade do intercâmbio surgiu para o bailarino. Essa não foi a primeira vez que Edson foi convidado para estrelar os palcos fora do Brasil.

Ele se inscreveu no programa da bolsa de estudos, mas não achou que ser aprovado seria possível. "É muito concorrido e a maioria dos bailarinos que concorreram tem balé clássico. Eu não sou bailarino clássico, eu sou dançarino", frisou.

Agora ele está lutando para conseguir recursos para realizar o seu sonho de atravessar a fronteira através da Dança. O dançarino buscou ajuda da Secretaria Estadual da Cultura (Secult), a qual nunca retornou o contato, e da Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC), que informou que não existia uma lei que cedesse patrocínio aos artistas.

Edson tentou buscar ajuda de diversas formas, mas a resposta sempre foi negativa. Apesar disso, ele continua em busca de seus sonhos e está vendendo rifas nas redes sociais para conseguir arrecadar o valor necessário.

"Eu não consigo viver sem dançar. Quando eu passo muito tempo sem dançar eu percebo que meu corpo adoece gradativamente. [...] A Dança tem sido o meu estilo de vida, não é só a minha profissão. É a forma como eu interfiro e me comunico com o mundo", disse.

Hoje ele vive pela Dança realizando oficinas para crianças e adultos. Um de suas oficinas de destaque é a "Dança Para Quem Não É Dançarino", a qual é direcionada para pessoas que não tem costume de dançar e precisam de prática corporal.

Caso você queira ajudar a realizar o sonho do dançarino Edson Santos, confira as formas de como você pode auxiliar através do Instagram @o_dancarino.