Polícia

Após vídeo de policiais agredindo torcedores, PM vai investigar “excessos”

Torcedores foram obrigados a ficar ajoelhados enquanto recebiam chutes

Por 7Segundos 31/08/2022 11h11
Após vídeo de policiais agredindo torcedores, PM vai investigar “excessos”
Polícia iniciou investigações preliminares - Foto: Ascom

A Polícia Militar de Alagoas informou que vai investigar, por meio da Corregedoria-Geral, “excessos” cometidos por policiais militares na noite dessa terça-feira (30). Os militares foram filmados agredindo torcedores do náutico, após a partida contra o CSA no Rei Pelé, em Maceió.

As imagens mostram que os torcedores foram obrigados a ficar ajoelhados e receberam chutes, socos e cassetetes.

Por meio de nota, a Polícia Militar disse ainda que a instituição não coaduna com condutas abusivas, já iniciou as investigações preliminares e adotará os procedimentos previstos nos regulamentos institucionais.

Versão da PM

Ainda segundo a nota, os militares que realizavam o serviço de policiamento no Trapichão flagraram e precisaram intervir em uma série de ações violentas praticadas por torcedores do Náutico. Alguns foram, inclusive, detidos.

O relato diz que um grupo de torcedores alvirrubros chegou ao local após o fechamento dos portões e invadiu o estádio. Do lado de fora e do lado de dentro, foi necessário conter o tumulto que se formou. Há relatos de indivíduos que arremessaram artefatos explosivos contra PMs. Em outro momento, outro grupo entrou em luta corporal com agentes da segurança privada nas arquibancadas da praça esportiva.

Por meio do Comando de Policiamento da Capital (CPC), um relatório sobre os fatos está sendo confeccionado e será encaminhado ao Ministério Público Estadual.

“A PM salienta que a paixão pelo futebol deve ser praticada de forma salutar e pacífica e entende que a ação isolada de um grupo não representa a totalidade, mas que fatos semelhantes têm sido recorrentes nas partidas realizadas na capital alagoana. Do mesmo modo, a Corporação enfatiza que a ação policial deve ser a de realizar o policiamento ostensivo e a promoção da paz, empregando a força quando necessário, desde que de forma proporcional, técnica e dentro da legalidade”, diz a nota.