Eleições 2022

Forças Armadas farão apuração paralela em urnas; TRE Alagoas ainda não foi notificado

Boletins de cada urna será conferido com os dados enviados pelos TREs

Por 7Segundos com Folha de São Paulo 12/09/2022 09h09 - Atualizado em 12/09/2022 10h10
Forças Armadas farão apuração paralela em urnas; TRE Alagoas ainda não foi notificado
Novas urnas eletrônicas - Foto: Assessoria

A Folha de São Paulo divulgou nesta segunda-feira (12) que as Forças Armadas deve levar militares em seções eleitorais espalhadas pelo país para tirar e enviar fotos do QR Code dos boletins de urna para o Comando de Defesa Cibernética do Exército, em Brasília, que fará um trabalho paralelo de contagem dos votos.

De acordo com a reportagem o resultadado dos boletins de cada urna será conferido com os dados enviados pelos TREs (Tribunais Regionais Eleitorais) para o TSE.

O 7Segundos entrou em contato com o TRE do Estado onde informaram que qualquer um pode tirar foto do boletim de urna, é um documento publico.

Também explicaram que o tribunal não foi informado se haverá esse tipo de monitoramento em Alagoas. 

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, fechou um acordo com os militares em reunião no dia 31 de agosto para liberar às entidades fiscalizadoras os arquivos brutos da totalização enviados pelos tribunais regionais.

Com a concessão de Moraes, os militares terão acesso em tempo real aos dados enviados para a totalização, em vez de ter de coletar as informações na base de dados do TSE disponibilizada na internet.

A própria Justiça Eleitoral fornece o aplicativo chamado “BU na Mão”, capaz de fazer essa leitura. Esse aplicativo não impede que outras instituições façam seus próprios sistemas de leitura dos QRCodes e, a partir de tais leituras, refaçam a totalização dos resultados.

De posse dos BUs que saem das urnas eletrônicas, qualquer instituição pode fazer suas totalizações. É comum, em eleições suplementares, partidos e candidatos que fazem esse processo de totalização por meios próprios e que, às vezes, muito antes da Justiça Eleitoral, já conhecem os resultados, sem que haja registro de qualquer contestação em relação aos divulgados oficialmente.