Eleições 2022

Justiça mantém no ar propaganda eleitoral que denuncia deputado Marcelo Victor por compra de votos

O relator do processo avaliou que o guia eleitoral de Rodrigo Cunha apresentou apenas críticas a um fato verídico

Por Assessoria 09/10/2022 09h09
Justiça mantém no ar propaganda eleitoral que denuncia deputado Marcelo Victor por compra de votos
Marcelo Victor - Foto: Reprodução

Em decisão publicada neste sábado (08), a Justiça Eleitoral decidiu manter no ar a propaganda do candidato ao Governo de Alagoas, Rodrigo Cunha (União), sobre o escândalo nacional noticiado nos principais jornais do Brasil.

O guia eleitoral mostra a repercussão da notícia sobre o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, deputado Marcelo Victor, flagrado com mala de dinheiro vivo, para suposta compra de votos, em operação da Polícia Federal, às vésperas do 1º turno da eleição.

O relator do processo, desembargador Felini de Oliveira Wanderley, avaliou que o guia eleitoral de Rodrigo Cunha apresentou apenas críticas a um fato verídico, amplamente noticiado na mídia, entendendo, portanto, que não há prova de fake news, conforme tentou alegar a defesa do padrinho político de Paulo Dantas.

“O fato de ter dito que o Deputado Marcelo Victor foi detido é próprio do embate de ideias, tendo referência apenas à situação desse parlamentar ter sido abordado pela Polícia Federal em um hotel desta Capital, onde aquela instituição policial procedeu à apreensão de 145 mil reais, sob apuração de crime de compra de votos, conforme a própria Nota Oficial de Id 9913606 (da Polícia Federal), ora juntada ao feito pelo Representante desta demanda”, concluiu o desembargador eleitoral.

A coligação Alagoas Merece Mais volta a pedir que o escândalo noticiado seja investigado com rigor, pelo bem da democracia. “Marcelo Victor é o patrocinador da campanha de Paulo e foi também seu principal articulador para torná-lo governador-tampão. Dias atrás, o próprio pai, Luiz Dantas, já havia alertado sobre a má influência que essa gente oferece ao filho, quando denunciou o esquema de funcionários fantasmas na Assembleia, em que Paulo aparecia como operador”, lembrou Rodrigo Cunha.