Polícia

Delegado diz que sequestro de universitário tem relação com facção criminosa

O delegado informou que a motivação do crime será mantida sob sigilo para não atrapalhar as investigações

Por 7Segundos com TV Pajuçara 01/03/2023 15h03 - Atualizado em 01/03/2023 16h04
Delegado diz que sequestro de universitário tem relação com facção criminosa
Universitário desaparecido, Sinézio Ferreira da Silva Júnior, de 33 anos - Foto: Reprodução / TV Pajuçara

Duas semanas após o sequestro do estudante de Direito e líder comunitário, Sinézio Ferreira da Silva Júnior, de 33 anos, o coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), delegado Sidney Tenório, afirmou que o desaparecimento tem relação direta com a atuação de facção criminosa responsável por homicídios e tráfico de drogas, em bairros do Litoral Norte de Maceió.

O delegado informou que a motivação do crime será mantida sob sigilo para não atrapalhar as investigações. Segundo ele, a apuração do caso está avançando e, em breve, as respostas serão passadas à sociedade.

Na última semana, a esposa de Sinézio disse que recebeu uma ligação anônima pedindo dinheiro, mas acreditou que seria um trote.

O sequestro de Sinézio aconteceu com o mesmo modus operandi do que houve com um jovem em Ipioca, há cerca de 60 dias. Nesta ocasião, ele foi tirado do trabalho pelos suspeitos, trajados como policiais e encapuzados, e até hoje o corpo não foi localizado.

"O que podemos falar hoje é que tratamos os casos ainda como sequestro, tendo em vista que a gente não tem a localização das vítimas, seja com vida ou em óbito", disse o delegado em entrevista à TV Pajuçara.

O caso

Sinézio desapareceu no dia 15 de fevereiro. Segundo uma parente dele que não quis se identificar contou em entrevista à TV Pajuçara, neste dia, por volta das 23h, ele saiu de casa para encontrar um amigo e fazer a troca de um chip e, desde então, não deu mais notícias.

A familiar contou que entrou em contato com esse amigo e ele relatou que conseguiu fazer a troca e depois Sinézio voltou. De acordo com ela, o universitário não tinha envolvimento com drogas e sequer bebia ou fumava.

“Ele não gosta de festa. A vida era entre trabalhar e estudar. A família está desesperada. Tudo que pode ser feito está sendo feito, acionamos a polícia e o Ministério Público e estamos divulgando nas redes sociais”, disse.

O amigo dele já foi ouvido pela polícia, porém o delegado informou que ele será chamado novamente para depor.