Política

Depoimento de Torres à CPI será em reunião fechada no dia 16

Ex-secretário será ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos.

Por Agência Brasil 10/03/2023 12h12
Depoimento de Torres à CPI será em reunião fechada no dia 16
Anderson Torres - Foto: Agência Brasil

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) Anderson Torres, deve depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos em reunião fechada. A decisão, aprovada na manhã desta quinta-feira, dia 09 de março, no plenário da Câmara Legislativa do DF, foi resultado de um pedido do deputado distrital Chico Vigilante (PT), presidente da comissão, e assinado pelos cinco membros da CPI.

O depoimento de Torres estava marcado para esta quinta-feira, mas o ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou que o ex-secretário ficasse em silêncio durante a sessão e deu a opção de ele comparecer ou não. Diante disso, a defesa do acusado pediu que o depoimento fosse feito de maneira fechada, para evitar a exposição na mídia.

A reunião reservada está marcada para a manhã do dia 16 de março, apenas com a presença dos membros da CPI. Chico Vigilante destacou que Torres tem o direito de não querer se expor, mas que a comissão precisa ouvi-lo.

“Ele disse que tem muito a falar, que quer falar. E nós queremos que ele fale. Portanto, nós estamos apresentando um requerimento colocando todas as condições para que ele venha, sem a exposição, ele tem direito de não expor a imagem dele, queremos a fala dele”, disse o deputado.

O deputado distrital Fábio Felix (PSOL) votou a favor do pedido, mas destacou que os depoimentos fechados não podem se tornar rotina nas CPIs porque são assuntos de interesse de toda a sociedade.

“Eu acho que a comissão parlamentar de inquérito cumpre um papel fundamental de trazer também transparência para a sociedade dos fatos ocorridos tanto no dia 12 de dezembro quanto no dia 08 de janeiro. Então é fundamental para esta Câmara, seja excessão”, disse Fábio Felix.

Torres está preso desde o dia 14 de janeiro. Ele é investigado por suspeita de omissão durante os atos golpistas em Brasília, no dia 08 de janeiro. O ex-secretário, que também foi ministro do governo Jair Bolsonaro, nega as acusações.

Na sessão da manhã desta quinta-feira, dia 09 de março, a Câmara Legislativa também aprovou a convocação de outras autoridades para depor na CPI, como a coronel da Polícia Militar do DF Cintia Queiroz de Castro, que é subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.