Saúde

Mamografias no SUS variam quatro vezes menos em relação ao número de mulheres no Estado

Estado é o terceiro maior do Nordeste em número de procedimentos feitos

Por 7Segundos 26/04/2023 14h02 - Atualizado em 26/04/2023 18h06
Mamografias no SUS variam quatro vezes menos em relação ao número de mulheres no Estado
Câncer de Mama - Foto: Divulgação Sociedade Brasileira de Mastologia

Um levantamento feito pelo portal 7Segundos com base nos dados disponíveis pelo Ministério da Saúde (MS) evidenciou que o estado de Alagoas é o terceiro do Nordeste a realizar a maior quantidade de mamografias de rastreamento.

Os dados em questão tem como base os exames realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), feitos por mulheres de 50 a 69 anos. De acordo com as informações apuradas, em 2020 foram feitos 32.192 procedimentos como este no estado. Em 2021, esse número subiu para 44.868.

O exame de mamografia de rastreamento é um procedimento realizado por mulheres que não possuem sintomas de câncer de mama e é recomendado para o público na faixa dos 50 aos 74 anos, podendo ser feito, entretanto, em qualquer idade. O objetivo é rastrear possíveis indicativos do desenvolvimento da doença.

Dados do último Censo, apontam a quantidade de aproximadamente 215 mil mulheres nessa faixa etária, de 50 a 69 anos, em Alagoas. Cruzando as listas, temos cerca de 170 mil pacientes que não realizam o exame, no ano de 2021, por exemplo.

De uma forma mais simples, o exame de rastreamento pode ser entendido como uma forma de se prevenir contra o câncer de mama, detectando a doença em estágios iniciais, trazendo uma maior chance de recuperação aos pacientes.

Já o exame de diagnóstico, também realizado pelo SUS em Alagoas, é um procedimento mais detalhado com o objetivo de confirmar ou descartar a presença do câncer de mama, feito em casos onde a suspeita da doença já é confirmada.

Nos últimos anos, o número de exames de diagnóstico vem aumentando com relação aos anos anteriores. De 2016 a 2018, foram feitos em média 710 procedimentos. Já de 2019 a 2021, essa média subiu para 1.074.

MORTALIDADE E PREVENÇÃO


De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto no Norte, onde o câncer de colo de útero ocupa a primeira posição. A taxa de mortalidade por câncer de mama em 2020 foi de 11,84 óbitos a cada 100.000 mulheres, com a maior taxa nas regiões Sudeste e Sul.

Para se prevenir da doença, a população pode adotar alguns hábitos e cuidados com a saúde como forma de evitar o desenvolvimento da enfermidade, como: a realização do autoexame, conhecido como exame de toque; a realização da mamografia de rastreamento; adotar hábitos de vida mais saudáveis, como exercícios e dietas balanceadas; realizar consultas e exames médicos com regularidade e conhecer o histórico familiar com relação à doença.

Em caso de suspeita, é recomendado a busca por atendimento médico. Quanto mais cedo a doença for identificada, maiores serão as chances de sobrevivência do paciente.