Política

Depois de crise, Lira e Padilha se encontram para discutir arcabouço fiscal

Encontro aconteceu logo depois de Lira desembarcar no Brasil, vindo de Nova York, e após as sucessivas derrotas do governo na Câmara por causa da insatisfação da base aliada com a falta de liberação de emendas e a lentidão na distribuição de cargos

Por 7Segundos com CNN Brasil 12/05/2023 18h06
Depois de crise, Lira e Padilha se encontram para discutir arcabouço fiscal
Lira e Padilha estão alinhados para a aprovação do arcabouço fiscal com novas “travas” - Foto: 11/01/2023REUTERS/Adriano Machado

O presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ministro de relações Institucionais, Alexandre Padilha, se reuniram ontem para aparar as arestas e preparar a tramitação do arcabouço fiscal no Congresso a partir da próxima semana.

O encontro aconteceu logo depois de Lira desembarcar no Brasil, vindo de Nova York, e após as sucessivas derrotas do governo na Câmara por causa da insatisfação da base aliada com a falta de liberação de emendas e a lentidão na distribuição de cargos.

Padilha anunciou ontem que o governo já liberou R$ 4 bilhões de restos a pagar do governo Bolsonaro.

Outros R$ 1,6 bilhão foram empenhados em emendas individuais deste ano. Lira e Padilha estão alinhados para a aprovação do arcabouço fiscal com novas “travas”.

A tendência é de que o relator, deputado Claudio Cajado, inclua compromissos como contingenciamento de despesas ao longo do ano caso a meta de superávit primário não esteja sendo cumprida, além da vedação na contratação de servidores.

Segundo fontes do PT, o partido não deve apresentar emendas, apesar da insatisfação da presidente da legenda, Gleisi Hoffman, com as mudanças que devem ser propostas pelos partidos do centrão. Para Gleisi, os partidos aliados querem ressuscitar o teto de gastos.

A relação entre o governo e o Congresso ainda deve seguir tensa. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, por exemplo, tenta retomar o decreto do saneamento no Senado. Costa se reuniu com líderes da base e da oposição e os senadores resistem. A prioridade da articulação política do governo Lula, no entanto, é o arcabouço fiscal.