Emprego

Mesmo com escolaridade, PCDs representam menos de 5% do mercado de trabalho em Alagoas

Pesquisa do IBGE abrange números de ocupação entre pessoas a partir de 25 anos

Por 7Segundos com Agência Brasil 07/07/2023 16h04
Mesmo com escolaridade, PCDs representam menos de 5% do mercado de trabalho em Alagoas
CLT - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

Divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (07), uma pesquisa evidenciou que apenas 4,4% das pessoas com deficiência (PCD) com ensino superior completo estão ocupadas no mercado de trabalho em Alagoas. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) – Pessoas com Deficiência 2022, realizada no terceiro trimestre do ano passado.

Os números são referentes às pessoas com 25 anos ou mais. Ao todo, neste grau de escolaridade, são 203 mil pessoas ocupadas no estado, das quais 194 mil não possuem deficiência e 9 mil são PCDs. Entre as não ocupadas, 5 mil são PCDs, enquanto que 48 mil não são.

A tendência se repete na mesma faixa etária com nível médio completo e superior incompleto. As pessoas com deficiência representam 4,6% do mercado, com 17 mil ocupadas entre 366 mil. Porém, nesta categoria o nível de desocupação é superior ao de empregados, com 21 mil, representando mais da metade (55,2%) dos PCDs com este grau de escolaridade.

Dentro do quadro geral de formação, também a partir de 25 anos, somente 21,7% das pessoas com deficiência em Alagoas possuem alguma ocupação. Enquanto que entre as que não são PCD esse número é de 56,3%.

Números no Brasil


A nível nacional a situação é a mesma. Só metade (51,2%) das pessoas com deficiência que possuem ensino superior completo estão ocupadas no mercado de trabalho. A proporção é bem menor do que a das pessoas sem deficiência, entre as quais 80,8% daquelas que possuem educação superior fazem parte da população ocupada.

Mesmo as pessoas sem deficiência com ensino superior incompleto (taxa de ocupação de 71,6%) e médio incompleto (64,1%) conseguem mais oportunidades de emprego do que aquelas com deficiência e superior completo. Entre as pessoas com deficiência, as taxas de ocupação são de 42,4% para ensino superior incompleto e 33,6% para ensino médio incompleto.