Política

Deputado Fabio Costa denuncia repasse insuficiente de verba para compra de farda dos militares

Parlamentar protocolou ofício no Ministério Público pedindo investigação após receber levantamento feito pela categoria

Por Assessoria 24/07/2023 14h02
Deputado Fabio Costa denuncia repasse insuficiente de verba para compra de farda dos militares
Deputado Federal Fábio Costa - Foto: Assessoria

O deputado federal Delegado Fabio Costa (PP) protocolou no Ministério Público Estadual denúncia de que, em Alagoas, está sendo descumprida a Lei Estadual 6.459/2004, que prevê repasse, pelo Estado, de verba indenizatória aos policiais militares e bombeiros militares para aquisição de fardamento. Atualmente, o dinheiro pago aos integrantes das corporações equivale a menos da metade do preço dos uniformes.

No ofício, o parlamentar cita que recebeu no gabinete um levantamento feito pela Associação dos Militares do Estado de Alagoas (AMEAL), atestando que o valor do recurso é mais baixo do que o custo da farda exigida pelas instituições militares.

Além da lei em vigor desde 2004, o Decreto nº 74.020, de 27 de abril de 2021, regulamenta a regra, o que comprova o dever do Estado em fazer o repasse aos PMs e bombeiros alagoanos.

“Há notícias de que, diante do descumprimento da lei pelo governo do Estado em fornecer adequadamente o fardamento necessário à execução das atividades dos servidores, os membros da Polícia Militar necessitam destinar parte do salário para completar o valor da compra dos uniformes”, destacou Fabio Costa.

O estudo da AMEAL conclui que o valor pago aos militares estaduais, de R$ 1.199,00, como indenização do gasto com a aquisição de uniforme, é insuficiente. Como soluções, sugere a atualização da verba para R$ 2.718,31 e a modificação do decreto de regulamentação, permitindo a utilização do tecido antigo na confecção dos uniformes da PMAL, o que implicaria na redução do custo.

O deputado pediu ao MPAL a instauração de um procedimento para investigar a denúncia. Assim que recebeu o ofício, o órgão ministerial encaminhou as informações para a 62ª Promotoria de Justiça da Capital, que atua na defesa da Segurança Pública e no controle externo da atividade policial. A promotora Karla Padilha deve analisar o caso.