Ao longo das últimas semanas o PGR Augusto Aras, tem buscado apoio político para sua recondução ao cargo que tanto amou. Quem não gostou nada da ostensiva busca de apoio de Aras, foi o senador Renan Calheiros, que não esconde os motivos pelo qual não quer a recondução de Aras.

Um dos motivos citados por Renan Calheiros, em suas redes sociais, seria o fato de que Aras teria engavetado os crimes cometidos por Bolsonaro na pandemia e que foram investigados pela CPI da qual Renan foi personagem de destaque.

“Inacreditável que esteja em campanha pela recondução e seja levado a sério. O G7 da CPI é 100% contra”, escreveu Renan em seu Twitter. O G7 da CPI a qual Renan se refere, é o grupo de senadores que formaram a CPI da Covid-19, da qual Renan foi relator.

O assassinato de Marielle Franco e o caso dos Kits de Robótica de aliados de Lira são outros bons motivos pelo qual Renan não quer ver Aras nem pintado de ouro.

“Na execução de Marielle Franco, Aras quis orientar a investigação falando de ‘factoides’, ‘fake news’ e ‘Bolsonaro é vítima’ do porteiro. Nos casos de Arthur Lira, o ‘desdenunciou’ três vezes e mandou subir a investigação antes do aparecimento do nome dele na propina da roubótica”, escreveu Calheiros.

Lula anunciou no mês de março, em entrevista à Globo News, que receberia a lista tríplice da ANPR, mas que não seguiria a tradição de a utilizar como bússola na escolha do próximo PGR.

A possibilidade de recondução de Aras também é vista com preocupação pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, que acha a recondução “decepcionante” e “um desastre”.