Saúde

Especialistas explicam quem deve procurar atendimento no HGE

Unidade atende pacientes que atendem ao perfil assistencial ou que tenham sido encaminhados pela Central de Regulação de Leitos

Por Secom Alagoas 07/08/2023 17h05
Especialistas explicam quem deve procurar atendimento no HGE
HGE deve ser procurado em casos de choque, fraturas expostas, traumas, dor torácica, perfurações, perda de consciência, obstrução das vias aéreas, convulsões, queimaduras e dor intensa - Foto: Thallysson Alves / Ascom HGE

Dia a dia, plantão a plantão, dois profissionais de enfermagem utilizam o Protocolo de Manchester para realizar a triagem dos pacientes que chegam a Área Azul do Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió. Isso porque, caso não seja uma situação de emergência, o paciente passa, primeiro, pela Classificação de Risco antes de ser registrado. A intenção é, analisando a queixa do paciente, direcioná-lo para a unidade de saúde específica para o caso.

Para se ter uma ideia, no dia 26 de julho, , a porta de entrada da Área Azul da unidade registrou 16 pessoas redirecionadas para as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), por não se encaixarem no perfil de emergência, que é o foco do atendimento prestado pela maior unidade hospitalar alagoana.

O professor L.A.S., de 55 anos, foi um deles, uma vez que precisava de uma cirurgia no rim direito e, por se tratar de um caso eletivo, foi orientado a procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) próxima de sua residência, no município de origem, para passar por um clínico geral, que faz o encaminhamento via Sistema de Regulação.

Aqueles que não têm perfil para atendimento no HGE são acolhidos pela Classificação de Risco e orientados a procurar outras unidades de saúde para receber atendimento, segundo destaca a enfermeira Janiery Batista, responsável pela Área Azul do HGE. "No caso das UPAs, que prestam assistência pré-hospitalar de urgência, sugerimos ao usuário procurar a unidade mais próxima de sua residência", salienta a profissional.

Janiery Batista especifica que o paciente que chega ao HGE regulado passa pela Classificação de Risco, onde é feita a triagem e, em seguida, é encaminhado para o Registro, onde são solicitados todos os seus dados. “O paciente não volta para a Classificação de Risco, exceto em casos de retorno médico. Na folha impressa fica registrada a cor do atendimento e lá é entregue a senha de atendimento”, acrescenta a enfermeira da Área Azul.

Quando procurar o HGE?


Ricardo Calado, diretor médico do HGE, ressalta que a unidade hospitalar deve ser procurada em casos de choque, fraturas expostas, traumas, dor torácica e perfuração por arma de fogo ou arma branca. Pelo perfil do HGE também devem ser assistidos usuários com alteração súbita de consciência, obstrução das vias aéreas, convulsões, dor intensa, grande e médio queimado, entre outros casos graves.

“O fluxo de atendimento na Classificação de Risco do HGE é realizado de forma informatizada e unidirecional, por meio do Sistema Gesthosp, representando um grande avanço para a base de dados do hospital. Nosso sistema é completo, baseado no Protocolo de Manchester, e atualizado diariamente pelas enfermeiras da Classificação de Risco, em conjunto com a equipe da TI [Tecnologia da Informação] e do Suporte de Sistemas”, enfatiza Ricardo Calado.

Fluxo de Assistência


A Rede de Urgência da Saúde alagoana é iniciada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), conforme explica a enfermeira Janiery Batista. Segundo ela, lá devem ser atendidos os pacientes que apresentem febre baixa, vômitos, diarreia e dores leves, além dos que necessitam retirar pontos cirúrgicos e fazer a troca de receitas.

A enfermeira lembra que as pessoas com hemorragias, que necessitam de suturas e precisam fazer a extração de unhas devem as Upas. “Nessas unidades também devem ser assistidos os pacientes com sintomas de infarto e de AVC [Acidente Vascular Cerebral], bem como, aqueles que estejam com pressão alta ou que necessitam trocar sondas nasoenterais. Já os Ambulatórios 24 Horas atendem pacientes que apresentam vômitos e febres persistentes, dores moderadas ou necessitam fazer a troca de sondas vesicais de demora”, acrescenta Janiery Batista.

Conforme o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, a população deve seguir o fluxo assistencial e entender que, para cada caso, há um unidade de saúde com perfil assistencial adequado. Isso porque, segundo ele, o Sistema Único de Saúde (SUS) é gerenciado pelas esferas municipal, estadual e federal e cada ente é responsável por um perfil assistencial.

"É importante atentar que, para o diagnóstico de um problema de saúde, agendamento de uma consulta especializada ou a marcação de cirurgia, todo o processo se inicia na Atenção Primária, cuja responsabilidade cabe aos municípios. No caso dos atendimentos de urgência, a população deve procurar as UPAs ou os Ambulatórios 24 Horas, uma vez que o HGE é exclusivo para os atendimentos de emergência, mesmo sendo porta aberta", reforça o gestor da saúde estadual.