Cultura

Semce lamenta morte de artista cultural Fátima Menezes

O velório será em Maceió, onde amigos, familiares e admiradores terão a oportunidade de prestar suas últimas homenagens

Por 7Segundos com Assessoria 17/09/2023 13h01
Semce lamenta morte de artista cultural Fátima Menezes
A maestra Fátima Menezes era uma figura de destaque na cena cultural alagoana e internacional - Foto: Gabi Coelho

A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa de Maceió (Semce) lamenta o falecimento da renomada maestra, professora e ex-presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais, Fátima Menezes, que partiu na noite dessa sexta-feira (15).

Aos 68 anos, Fátima Menezes travou uma batalha corajosa contra o câncer e chegou a ser hospitalizada em São Paulo. Ela também era professora do Instituto Federal de Educação de Alagoas (Ifal) e maestrina do Coretfal.

Seu corpo será transladado para Maceió, onde amigos, familiares e admiradores terão a oportunidade de prestar suas últimas homenagens à grande figura da cultura alagoana.

O secretário Municipal de Cultura e Economia Criativa de Maceió (Semce), dr. Cleber Costa, lamenta o falecimento da maestra. “Maria de Fátima Monteiro de Menezes deixa uma marca indelével na história cultural de Alagoas, sendo uma mulher empoderada, competente e profundamente influente na atividade cultural que adotou. Sua partida deixa uma lacuna inestimável na cena cultural do estado e além. A maestra e professora Fátima Menezes será lembrada não apenas por sua incrível contribuição à música e à cultura, mas também pelo seu compromisso inabalável com o enriquecimento cultural de sua comunidade”, ressaltou.

Fátima Menezes era uma figura de destaque na cena cultural alagoana e internacional. Ela exerceu a presidência do Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC) de Maceió no biênio 2015/2017 e também foi representante titular do segmento cultural Música. Sua atuação desempenhou um papel fundamental na construção de pontes entre o poder público e os diversos segmentos culturais, enriquecendo a vida cultural da cidade.

A trajetória de Fátima Menezes na música e na cultura alagoana é verdadeiramente notável. Ela foi regente do Coretfal desde a década de 80, um coro fundado em 1975 por sua mãe, Maria Augusta Monteiro Menezes, com o objetivo de disseminar a riqueza da música brasileira e do folclore nordestino. Sob sua liderança, o grupo de 40 membros recebeu o reconhecimento do Ministério da Cultura em 2005, tornando-se um Ponto de Cultura.

No entanto, o legado de Fátima Menezes ultrapassa a esfera da música. Ela inovou ao criar espetáculos que uniam música, teatro, dança e outras formas artísticas, enriquecendo a cultura regional e nacional. Tais produções incluíam representações do folclore e da música popular brasileira, destacando-se espetáculos memoráveis como "Canto por Todos os Cantos," "Ecos Brasil 500 anos", "Retrato Cantado do São Francisco", e "Baião de Dois", esta última uma emocionante homenagem aos 100 anos de Luiz Gonzaga.

As apresentações do Coretfal eram marcadas por coreografias inspiradas nos folguedos alagoanos e nordestinos, com figurinos elaborados a partir do artesanato local, incluindo a renomada renda alagoana Filé, que se tornou conhecida em todo o Brasil e mundo.

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