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Primeiro-ministro israelense publica vídeo de bombardeios em Gaza: 'Começamos'

O país está em guerra com o Hamas, um grupo extremista islâmico armado. Os israelenses devem invadir a Faixa de Gaza, uma região controlada pelo Hamas

Por g1 e O Globo 09/10/2023 14h02
Primeiro-ministro israelense publica vídeo de bombardeios em Gaza: 'Começamos'
Bombardeio começa na Faixa de Gaza - Foto: Reprodução

Israel anunciou nesta segunda-feira (9) que nas últimas 48 horas convocou 300 mil reservistas, um número sem precedentes na história do país.

No sábado (7), o Hamas, um grupo islâmico extremista armado, fez um ataque-surpresa contra Israel. A partir da Faixa de Gaza, combatentes do grupo invadiram o território israelense, mataram centenas de pessoas e levaram mais de 100 pessoas como reféns. Israel declarou guerra ao Hamas e, inicialmente, atacou o território palestino com mísseis.

O porta-voz militar Daniel Hagari afirmou que o país está se preparando para uma ofensiva. "Nós nunca convocamos tantos reservistas, em uma escala como essa", disse ele.

O governo israelense também afirmou que pediu para moradores de algumas regiões no norte e leste da Faixa de Gaza deixarem suas casas. Alguns palestinos afirmaram que receberam telefonemas e mensagens de oficiais de segurança de Israel dizendo para eles deixarem a área pois o exército deverá atuar lá.

Os dois anúncios sinalizam que uma invasão do território palestino deve ocorrer no futuro próximo.

Moradores de Gaza não têm abrigo antiaéreo oficial

Depois que o exército de Israel enviou mensagens de texto pedindo aos palestinos que deixassem algumas áreas de Gaza, alguns moradores ficaram preocupados porque não têm um local seguro para aguardar os ataques.

Segundo a agência de notícias Reuters, na Faixa de Gaza não há abrigos antiaéreos oficiais para momentos de guerra.

Em muitas partes do território não há mais serviços de telefonia nem de internet, porque a companhia de telecomunicações palestina foi atingida por um ataque israelense.

Mohammad Brais, um morador de Gaza de 55 anos, afirmou à agência Reuters que não sabia para onde ir em busca de segurança do ataque que os moradores aguardam. Ele fugiu de sua casa, próxima a uma possível linha de frente, para se abrigar em sua loja, mas o local foi atingido em um ataque aéreo.