Justiça

Defesa de militar pede nova supensão de júri alegando que cliente passou mal

Médica foi acionada e rebateu alegações de advogados

Por 7Segundos 16/11/2023 16h04
Defesa de militar pede nova supensão de júri alegando que cliente passou mal
Fórum do Barro Duro - Foto: Assessoria

No Fórum Jairon Maia Fernandes, localizado no Barro Duro, na capital alagoana, acontece nesta quinta-feira (16) o aguardado júri popular de Josevildo Valentim dos Santos Júnior, ex-soldado da Polícia Militar de Alagoas. O réu é acusado de estuprar e assassinar Maria Aparecida Pereira, além de tentativa de homicídio contra o namorado dela, Agnísio dos Santos Souto. O brutal crime ocorreu em 13 de julho de 2019.

O primeiro a ser ouvido foi Agnísio que relatou o que ocorreu no dia do crime. Já no horário da tarde, uma médica foi chamada, já que a defesa do acusado, alegou que ele não teria condições de continuar o júri e desejava uma nova suspensão.

No entanto, a a médica confessou que ele está normal, com os batimentos cardíacos sem alterações.

O promotor perguntou se a médica poderia informar se Josevildo havia simulado para ser beneficiado e a médica disse. “O que posso afirmar é que, pela química, uma pessoa que desmaia não tem condição de sentar normalmente, com a cabeça da forma que ele está”.

A profissional também consultou os policiais penas que o trouxeram para saber se houve alguma alteração na vinda ao Fórum e os mesmos relataram que estava normal. Inclusive havia almoçado em companhia de mais três colegas de cela.

O primeiro julgamento, originalmente agendado para 13 de julho de 2023, foi suspenso devido ao abandono processual por parte do advogado de defesa de Josevildo Valentim.

As vítimas, Aparecida e Agnísio, conversavam à porta da residência dela, na Ponta Grossa. O ex-policial militar surpreendeu-os ao passar de carro e parar, exibindo um revólver calibre 38. Ele teria ordenado que ambos entrassem no veículo, colocando Agnísio na mala e Aparecida no banco do passageiro.

O policial conduziu as vítimas até um local ermo, onde, sob a mira da arma, estuprou Aparecida. Agnísio permaneceu na mala do veículo. Após o estupro, o agressor teria ordenado que Aparecida praticasse sexo oral nele, momento em que, segundo o inquérito, efetuou disparos contra ela, resultando em sua morte no local.

Posteriormente, o agressor atirou também contra Agnísio, que fingiu estar morto. Na manhã seguinte, o policial retornou à cena do crime para atestar o óbito das vítimas, mas foi surpreendido por uma ambulância e se retirou.