Cícero da Silva Santos, 53 anos, optou por pegar uma carona de moto para o trabalho. O que ele não esperava é que, no retorno para casa, um carro avançaria o sinal e os acertaria em cheio. Com a colisão, ambos sofreram escoriações e foram assistidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Cícero foi levado ao Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, com suspeita de fratura do tornozelo. Fatos como este ocorrem todos os dias e representam um alto risco de incapacidades, conforme alerta o ortopedista da unidade hospitalar, Delane Eduardo.

Felizmente, o paciente foi encaminhado para o HGE e recebeu todos os cuidados necessários do Serviço de Ortopedia da unidade, tendo sido submetido à radiografia, que confirmou a fratura do tornozelo. Em seguida, ele foi transferido para o Centro Cirúrgico para controle de danos, através da colocação de fixador externo. Também foi iniciado a antibiótico-profilaxia contra o risco de infecções, uma vez que o acidente ocorreu em local que pode conter agentes infecciosos, como bactérias, protozoários, fungos e vírus.

“As fraturas do tornozelo são muito comuns no dia a dia do ortopedista. São as que mais ocorrem, entre as fraturas de membros inferiores, devido a traumas de baixa energia, como os traumas torcionais do tornozelo. É mais comum em mulheres idosas e jovens durante a prática de atividades físicas.

Nos últimos anos houve aumento na incidência nos idosos pela prática de atividade física e também pelo envelhecimento geral da população. Ao exame físico, o paciente apresenta dor, edema, hematoma e limitação funcional do tornozelo, com dificuldade de deambular. A radiografia é importante no diagnóstico e na determinação do tipo de tratamento, que pode ser cirúrgico ou conservador com imobilização”, esclareceu o médico ortopedista Delane Eduardo.

Com intervenção cirúrgica ou não, quem sofre uma fratura do tornozelo precisa ficar em repouso, o que exige mudança na rotina. No caso do Cícero, foi necessário o seu afastamento do local de trabalho. O paciente já recebeu alta médica, mediante as orientações necessárias para a sua reabilitação. No entanto há casos onde a fratura gera incapacidade para as atividades laborativas habituais, impondo, assim, a concessão de aposentadoria por invalidez.

“Quando o carro bateu na gente, eu caí para frente. Estávamos de capacete. O meu amigo só teve escoriações e os prejuízos com a moto. Eu que precisei vir ao HGE. Mas, preciso reconhecer que fui bem amparado por todos. O meu amigo não saiu de perto, o causador do acidente está em contato comigo, os socorristas do Samu tiveram muito cuidado quando me retiraram da pista e, no HGE, fui bem atendido”, relatou Cícero, que relatou que o motorista do veículo que colidiu com a motocicleta em que ele estava prestou socorro e o acompanhou até o atendimento hospitalar.