Relatório traz assassinatos de pessoas transexuais em Alagoas
Foram cinco casos registrados no ano passado
Cinco pessoas transexuais foram assassinadas em Alagoas no ano passado. Os números são da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgados nesta segunda-feira (29) do Dossiê sobre Assassinatos e Violências contra Travestis e transexuais brasileiras em 2023. O número é maior do que 2022 quando ocorreram quatro.
O último registro de 2023 foi de Caio Siqueira, de 35 anos, morto a tiros dentro de um mercadinho no bairro do Ouro Preto, em Maceió, no mês de dezembro. Segundo a Polícia Militar, a vítima era natural de Caruaru, em Pernambuco, mas morava em Alagoas e trabalhava no bairro da Serraria.
Brasil
Em 2023, houve um aumento de mais de 10% nos casos de assassinatos de pessoas trans em relação a 2022. Destacando o fato de o país figurar novamente como o que mais consome pornografia trans nas plataformas de conteúdo adulto no mesmo momento em que o Brasil seguiu como o país que mais assassinou pessoas trans pelo 15º ano consecutivo. Se manteve a política estatal de subnotificação da violência lgbtifóbica. Entre as mortes em 2023, foram 155 casos, sendo 145 casos de assassinatos e 10 pessoas trans suicidadas.
A mais jovem trans assassinada tinha 13 anos, e vimos a persistência de uma patrulha contra crianças e adolescentes trans.
Observou-se ainda que a manutenção da violência parte de um projeto político em que a extrema direita assumiu o protagonismo preocupante da pauta das pessoas trans. E pudemos ainda observar os impactos da polícia de gênero para mulheres cisgêneras, em casos em que foram tratadas como geralmente a sociedade trata pessoas trans.