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Zinho, "inimigo número um do RJ" se entregou à polícia na véspera de Natal

Líder da maior milícia do estado era alvo de 12 mandados de prisão

Por 7Segundos com agências 25/12/2023 16h04
Zinho, 'inimigo número um do RJ' se entregou à polícia na véspera de Natal
Zinho era considerado "o inimigo número 1" do Rio - Foto: reprodução

A prisão de Luís Antônio da Silva Braga, 44, conhecido como Zinho, está presente em todos os noticiários nacionais neste feriadão de Natal. Ele é o líder da maior milícia do Rio de Janeiro, considerado "inimigo número 1" do estado e alvo de 12 mandados de prisão, que o tornaram foragido da justiça desde 2018.

Ele se entregou no domingo (24) à Polícia Federal após negociações com a corporação e a Secretaria de Segurança Pública do estado. Ele é apontado como o líder da milícia que dominava a Zona Oeste da capital fluminense.

Flávio Dino, ministro da Justiça, usou as redes sociais para comemorar o feito. "Mais um importante resultado do trabalho sério e planejado que está sendo executado no Rio de Janeiro e em outros estados, no combate às facções criminosas", declarou.

Zinho está preso no presídio José Frederico Marques, em Benfica, e é investigado por vários crimes, como um esquema milionário de lavagem de dinheiro oriundo de extorsões, o assassinato de Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, que era o fundador da milícia, e ainda ações envolvendo a deputada estadual Lucinha, a quem ele chama de "madrinha", que lutava pelos interesses do grupo paramilitar, incluindo pressão para mudança no comando do batalhão da área.

Outro líder da milícia, conhecido como "zero dois", Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus, era sobrinho de Zinho e foi morto por policiais durante confronto. Em represália, a milícia promoveu um ataque em massa na Zona Oeste, com 35 veículos incendiados, incluindo ônibus e até um trem.

Para evitar ser rastreado pela polícia, Zinho evitava o uso de aplicativos de conversa e utilizada comparsas como "garoto de recados", quando precisava fazê-lo.

O governador do Rio, Cláudio Castro, também comemorou a prisão: "Essa é mais uma vitória das polícias e do plano de segurança, mas da sociedade. A desarticulação desses grupos criminosos com prisões, apreensões e bloqueio financeiro e a detenção desse mafioso provam que estamos no caminho certo", disse.