Política

PL suspende salários de Braga Netto e Marcelo Câmara

General ganhava cerca de R$ 40 mil, enquanto que coronel, R$ 20 mil

Por R7 23/02/2024 10h10
PL suspende salários de Braga Netto e Marcelo Câmara
Braga Netto tem salário suspenso no PL - Foto: Assessoria

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, suspendeu o pagamento dos salários do ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto e do ex-assessor da Presidência da República Marcelo Câmara. A informação foi repassada pela assessoria de imprensa do partido. A reportagem busca contato com os citados e o espaço está aberto para manifestação.

No PL, Braga Netto ganhava cerca de R$ 40 mil, enquanto Câmara, R$ 20 mil. O primeiro é general do Exército Brasileiro e o segundo, coronel, portanto, há os salários provenientes da Força, que são, respectivamente, R$ 35.294,02 e R$ 27.500,40 brutos, de acordo com o Portal da Transparência.

Braga Netto assumiu o papel de vice na chapa com Jair Bolsonaro para a Presidência da República em 2022. Câmara, por sua vez, atuava como assessor especial do ex-presidente. Ambos são considerados do núcleo próximo do ex-chefe do Executivo e são investigados pela suposta tentativa de golpe de Estado no país.

Em depoimento simultâneo à PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (22), aliados e o ex-presidente Jair Bolsonaro usaram estratégias diferentes para se defender da suspeita de tentativa de golpe de Estado. Enquanto o ex-presidente e Braga Netto ficaram em silêncio durante a oitiva, o presidente do PL quebrou o voto de silêncio e respondeu às perguntas. Ao todo, na sede da PF, foram colhidos 13 depoimentos de investigados na Operação Tempus Veritatis.

Câmara é apontado pela PF como responsável por um suposto sistema paralelo de inteligência que monitorou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, durante o governo Bolsonaro. A reportagem apurou que, durante o depoimento, foi levado de volta ao batalhão onde está detido porque seu advogado não estava presente.

O ex-presidente permaneceu cerca de 30 minutos na sede da Polícia Federal e optou por não responder às perguntas. Braga Netto e Augusto Heleno, ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), adotaram a mesma estratégia. Eles alegam que não tiveram acesso ao conteúdo das investigações, portanto, optaram por não responder.